tag:blogger.com,1999:blog-34914992701811105872024-03-06T00:51:19.160-03:00O blog dos MártiresÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-17071664433189339742011-05-19T10:51:00.002-03:002011-05-20T00:48:22.378-03:00Para rir um pouco!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNCoE9cJ_b_8SqOIEbzUf8cWY6mFAqRUhmc3Iyw8Guywd0Jc7gFlqOofqn8JwU5M0kVq-vYKBERPg_zASwiqAmKGqfTXQD0KspIoESKGZifNQdfhVH7imSbK9VvYNldEvE1Ha1aovPWWf9/s1600/burro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNCoE9cJ_b_8SqOIEbzUf8cWY6mFAqRUhmc3Iyw8Guywd0Jc7gFlqOofqn8JwU5M0kVq-vYKBERPg_zASwiqAmKGqfTXQD0KspIoESKGZifNQdfhVH7imSbK9VvYNldEvE1Ha1aovPWWf9/s1600/burro.jpg" /></a></div>Achei muito legal esse post do blog genizah.com, é de dar muita risada, cantadas no meio envangélico rs.<br />
<div style="background-color: transparent; border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Oi Gatinha G12. Na hora de queimar pecados lá no Encontro, lembre-se do pecado de ainda não namorar comigo!!”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Oi gatinha emergente. Posso ir na sua casa montar um blog diferente e superior à Igreja e ao Cristianismo com você?”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Oi gatinha sem igreja, vamos fazer uma reunião de oração no meu quarto?” (via @kel_smagga )</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“E aí gatinha neopenteca! Gastei 5 mil reais na campanha de 7 sextas com 12 paipóstolos. Você TEM que ficar comigo agora!!”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Oi gatinha da Penteca conservadora, seu bigode é mó benção. Que tal darmos um glória juntos qualquer vigília dessas??”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Oi gatinha Arminiana, Deus quer nós dois juntos, mas Ele não pode fazer nada se você não deixar. Dá uma força pra Ele, mina!!”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Oi gatinha Calvinista, posso me achar a elite protestante junto com você??”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Oi gatinha penteca, que tal a gente suricantalanabanaia qualquer dia desses??”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Hey você, gatinha teologicamente neoliberal, com nojinho dos evangélicos. Quero ser seu “Dramin” teológico!!”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Hey gatinha teísta aberta (teologia relacional), Deus quer saber se você vai namorar comigo..” (Colaborou @armandomarcos)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Senhor, que menina gatinha. Pena que não é crente. Vou lá evangelizar! Faz assim, você fica com a alma, o que sobrar é meu, ok?”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Você acredita no amor de Deus?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">- Claro, irmão!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">- Então fica comigo , pelo amor de Deus?!” (By Marcos)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: white;">“Hey, gata, Entra na minha casa, entra na minha vida, mexe com minha estrutura” (By Deiner)</span></div><span style="color: white;"><br />
</span><br />
<div style="background-color: transparent; border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;"><div style="text-align: justify;"> </div></div></div>Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-33383162036092315952011-05-18T19:45:00.005-03:002011-05-18T20:18:06.224-03:00Refutações: Jesus foi ao Inferno?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpOtmk9Aor-3-4v1r0bU7FhHuzd27YtdKD6ZQP-BF-hMhDYm6clx0opSFyHiwuHXSPxZrgZvUxdl9kKF4eJo4UL56EzCkkPtJ6QNNBnHpnQlZvl8R5DqQZdlpx-xsicSkIUWOkULJsIPXQ/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpOtmk9Aor-3-4v1r0bU7FhHuzd27YtdKD6ZQP-BF-hMhDYm6clx0opSFyHiwuHXSPxZrgZvUxdl9kKF4eJo4UL56EzCkkPtJ6QNNBnHpnQlZvl8R5DqQZdlpx-xsicSkIUWOkULJsIPXQ/s1600/untitled.bmp" /></a></div>Um dos temas mais discutidos na história do cristianismo é a ida do Senhor Jesus ao inferno. Muitos pregadores contam histórias que Jesus foi ao inferno e esmagou a cabeça de Satanás e depois tomou a chave da morte e do inferno. Já vimos no post anterior que nehuma chave está ou esteve nas mãos do Diabo. A refutação hoje é: Jesus realmente foi ao inferno? Qual sentido da ida dEle aquele lugar? Ele foi dar uma segunda chace aos que estavam ali?<br />
Vou colocar o texto do Dr Heber Campos, fanstástico no seu artigo sobre esse tema.<br />
<br />
<div class="Section1"><div class="titulo"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee; font-variant: normal; text-transform: uppercase;"><strong>“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Descendit ad Inferna</i>”: <br />
Uma Análise da Expressão “Desceu ao Hades” <br />
no Cristianismo Histórico</strong></span></div><div class="assinatura"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Heber Carlos de Campos* </strong></span></div><div class="Bodytext"><br />
<strong><span style="color: #eeeeee;"></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">A expressão “desceu ao Hades,” com referência a Cristo, não é encontrada em nenhum lugar das Escrituras. Afirma-se que o Redentor “desceu às regiões inferiores, à terra” (Ef 4.9),</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">1 </span></sup><span lang="PT-BR">mas não que ele desceu a um lugar chamado Hades depois de sua morte e sepultamento. Todavia, essa expressão apareceu em dois credos da igreja cristã antiga, ainda que com palavras diferentes. A primeira ocorrência está no Credo Apostólico, que tem a expressão latina “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna</i>” (desceu aos infernos/Hades), e a outra encontra-se no Credo de Atanásio, com a expressão latina “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferos</i>” (desceu às regiões inferiores). </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>O estudo dessa matéria será desenvolvido abaixo, primeiro historicamente, depois teologicamente e então biblicamente.</strong></span></div><div class="subtitulos"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>I. Análise <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Histórica </i>da “Descida ao Hades”</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A expressão “desceu ao Hades,” que aparece no Credo Apostólico, não faz parte das suas formas mais antigas. Ele sofreu alterações posteriores, uma das quais foi a expressão acima. Witsius afirma: </strong></span></div><div class="Citao" style="margin-bottom: 5.65pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">É digno de nota que, antigamente, aqueles credos que possuíam o artigo sobre a descida de Cristo ao inferno, não continham o artigo relativo ao seu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sepultamento</i>, e aqueles nos quais o artigo com respeito à descida ao inferno foi omitido, de fato continham o artigo relativo ao sepultamento.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">2 </span></sup></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Rufino, o bispo da igreja de Aquiléia, fez alguns comentários sobre o Credo Apostólico em sua <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Expositio Symboli Apostolici</i>, por volta do final do século IV, dizendo que essa cláusula nunca foi encontrada nas edições romanas (ou ocidentais) do credo. Rufinus acrescenta que </strong></span></div><div class="Citao" style="margin: 5.65pt 0cm 5.65pt 1cm;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">a intenção da alteração do Credo em Aquiléia não foi <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a de acrescer uma nova doutrina</i>, mas a de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">explicar uma antiga</i> e, portanto, o credo de Aquiléia <i style="mso-bidi-font-style: normal;">omitiu</i> a cláusula “foi crucificado, morto e sepultado” e a substituiu por uma nova cláusula, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna.”</i></span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">3 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Portanto, originalmente a expressão <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna</i> não fazia parte do Credo Apostólico. No tempo de Rufino, ela apareceu inserida no Credo, mas não como um acréscimo ao que já havia, sendo apenas uma expressão substitutiva de “crucificado, morto e sepultado.” O Credo de Atanásio</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">4 </span></sup><span lang="PT-BR">(escrito por volta do século V ou VI) segue mais ou menos a mesma idéia do Credo de Aquiléia, onde a expressão “desceu ao Hades” substitui a expressão “sepultado,” não sendo um acréscimo a ela. Até então, não havia nenhuma modificação significativa na doutrina cristã com respeito à situação da pessoa do Redentor ao morrer, pelo menos nas traduções mais conhecidas do Credo.</span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR"><strong><span style="color: #eeeeee;">Enquanto houve a omissão da cláusula “sepultado” e o aparecimento da cláusula substituta “desceu ao Hades,” ou vice-versa, não surgiu nenhum problema teológico novo. Este apareceu quando as duas expressões acima apareceram no mesmo Credo, uma após a outra. Por volta do século VII, a cláusula <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna</i> apareceu em outros credos, mas como um acréscimo a “crucificado, morto e sepultado,” e não como expressão substitutiva dessas coisas acontecidas a Cristo. A partir de então, uma nova doutrina começou a aparecer dentro da igreja cristã, ou seja, a descida de Cristo a um local chamado Hades, após o seu sepultamento. Daí as várias traduções do Credo Apostólic<span style="letter-spacing: -0.75pt;">o aparecerem assim: “Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. D<i style="mso-bidi-font-style: normal;">esceu ao Hades</i>. Ao terceiro dia, ressurgiu dos mortos.” </span></span></strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">De onde surgiu essa inserção? É difícil identificar a sua trajetória, mas há alguns indícios. Witsius menciona que, por volta de 359, “encontraram-se em Constantinopla cerca de cinqüenta pessoas, e lá compilaram um Credo, no qual professavam que criam em Cristo, que foi morto e sepultado e que ‘penetrou as regiões subterrâneas, nas quais até mesmo o Hades foi golpeado com terror’,”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">5 </span></sup><span lang="PT-BR">o que dá a entender um sentido diferente e que vai além de um sepultamento, contrastando com o entendimento de Rufino. J. N. D. Kelly também menciona que na doxologia da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Didascalia</i> siríaca, que parecia uma formulação credal, havia a seguinte expressão: “Que foi crucificado sob Pôncio Pilatos e partiu em paz, a fim de pregar a Abraão, Isaque e Jacó e a todos os santos a respeito do fim do mundo e da ressurreição dos mortos.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">6 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus </i>(“descida”), como uma atividade de Cristo em um mundo inferior entre a sua morte e a sua ressurreição, não apareceu, a princípio, nas formulações credais da igreja ocidental. Porém, sob a influência do pensamento da igreja oriental desde tempos bem antigos,</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">7 </span></sup><span lang="PT-BR">veio a aparecer posteriormente até mesmo nas formulações ocidentais. Kelly afirma: “Deveria ser observado que após Santo Agostinho é que prevaleceu o hábito ocidental de explicar 1 Pedro 3.19 como um testemunho da missão de Cristo aos contemporâneos de Noé muito antes de sua encarnação.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">8 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A doutrina, que usualmente é chamada de “Descida ao Hades,” desenvolveu-se de forma efetiva na igreja cristã com o passar dos séculos, numa tentativa de reviver a doutrina pagã do Hades. Dentro do pensamento grego havia um lugar para onde iam todos os mortos — o Hades. Este era dividido em dois setores: o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Elísio</i> (para onde iam todos os bons) e o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tártaro</i> (para onde iam todos os maus). Essa idéia greco-pagã é razoavelmente coerente, pois pelo menos os maus iam para o lugar chamado inferno, que é uma das traduções de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tártaro</i>, e os bons iam para o paraíso, que é a tradução de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Elísio</i>.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Alguns cristãos, com base numa análise equivocada do texto de 1 Pedro 3.18-20</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">9 </span></sup><span lang="PT-BR">e com o apoio da expressão “desceu ao Hades” inserida no Credo Apostólico, tomando a idéia de Hades do conceito pagão, acabaram criando um Hades inconsistente, também com duas divisões: os bons vão para o Paraíso e os maus para o Hades. Isto quer dizer que, se alguém perguntar a esses cristãos qual é a composição do Hades, a resposta será: Paraíso e Hades. A visão pagã dessa matéria é muito mais consistente que a dos cristãos, influenciados pelo conceito pagão de Hades. Do século VII em diante, apareceu uma nova doutrina sobre a atividade de Jesus Cristo após a sua morte e sepultamento num outro lugar que não o céu.</span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Portanto, durante a história da igreja o pêndulo vai oscilar entre a descida de Cristo ao Hades enquanto esteve entre nós (especialmente ao ser crucificado e sepultado) e uma descida a um local chamado Hades, entre a sua morte e ressurreição. Neste último caso, o grande problema é definir o que ele foi fazer lá. É disso que trataremos com mais detalhes neste ensaio. </strong></span></div><div class="subtitulos"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>II. Análise <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Teológica</i> de várias tradições sobre <br />
a Descida ao Hades</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>As várias tradições teológicas mencionadas abaixo, refletindo os seus pressupostos teológicos, deram as suas próprias explicações à expressão “desceu ao Hades” na história da igreja. Houve várias divergências entre os herdeiros da Reforma, que serão analisadas ligeiramente adiante.</strong></span></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A. Visão da Tradição Católica</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">O entendimento católico é o de que Cristo, após a sua morte, foi ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">limbus patrum</i>.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">10 </span></sup><span lang="PT-BR">Na teologia católica, esse lugar é para onde vão os mortos que não são salvos pela graça, mas que não podem ser classificados como pagãos ou mesmo como pecadores réprobos. Esse lugar fica nas bordas do inferno e do purgatório; todavia, não deve ser confundido com eles. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">limbus patrum</i>, segundo a teologia católica, não é um lugar de tormentos. É o “seio de Abraão,” ao qual Cristo se refere na parábola do rico e Lázaro. O inferno é o lugar de condenação eterna enquanto que o purgatório é um lugar temporário de punição purgativa reservada para os cristãos que morrem com as manchas dos pecados veniais ou que morrem sem a devida penitência pelos seus pecados. </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>No <i style="mso-bidi-font-style: normal;">limbus patrum</i>, os santos do Antigo Testamento esperavam a sua redenção ser consumada por Jesus Cristo, o que se deu em seu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> ao Hades. Ali Jesus concedeu às almas dos santos do Antigo Testamento que haviam morrido os benefícios do seu sacrifício expiatório, pois eles estavam esperando o anúncio final da sua salvação. Essa idéia católica desenvolveu-se principalmente na Idade Média, quando se tornou popular. </strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Os teólogos escolásticos também ensinaram que, ao mesmo tempo em que uma descida temporal e espacial ocorreu somente no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">limbus patrum</i>, outros efeitos dessa descida estenderam-se a outras regiões do Hades, tais como a manifestação da glória de Cristo sobre o diabo e os condenados e o cumprimento da esperança para os do purgatório.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">11 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Portanto, se essa explicação é correta, Jesus Cristo teria descido especificamente a um dos compartimentos do Hades, que é o lugar dos bons, anunciando-lhes a salvação consumada. Ele não foi efetivamente ao lugar dos ímpios. </strong></span></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>B. Visão da Tradição Anglicana</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Por volta de 1537, a teologia anglicana, em uma formulação semi-protestante elaborada no tempo de Henrique VIII, sustentava uma doutrina sobre a descida de Cristo ao Hades semelhante à noção católica, mas com alguns aspectos distintos: a alma de Cristo desceu ao inferno para conquistar a morte e o demônio e para libertar as almas “daqueles homens justos e bons, que desde a queda de Adão morreram por causa de Deus e na fé e na crença deste nosso Salvador Jesus Cristo, que estava para vir.” Sua conquista do demônio destruiu qualquer reivindicação que o diabo tinha sobre os homens, e a descida foi parte do “resgate” pago por Cristo.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">12 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">No período do rei Eduardo VI (1547-1553), houve algumas variações no conceito da descida ao Hades. Thomas Becon elaborou um catecismo,</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">13 </span></sup><span lang="PT-BR">onde pergunta: “Cristo sofreu dores também no inferno?” Então, ele responde: </span></span></strong></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">De modo algum. Pois quaisquer que tenham sido as dores que tivesse que sofrer por nossos pecados e impiedades, ele as sofreu todas em seu bendito corpo sobre o altar da cruz.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">14 </span></sup></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Embora esteja absolutamente certo nisso, Becon também acrescenta que “ele não desceu ao inferno como uma pessoa culpada para sofrer, mas como um príncipe valente para conquistar...”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">15 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Essa concepção trouxe modificações ao pensamento católico, sendo um pouco mais imaginativa que a tradição anterior. No seu catecismo, Becon deixou transparecer não somente uma teologia de pagamento de penalidade no Hades, mas também uma espécie de teologia do triunfo,</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">16 </span></sup><span lang="PT-BR">mesmo estando Jesus Cristo no estado de humilhação, evidenciando uma ligeira semelhança ao pensamento do luteranismo influenciado por Melanchton, que estudaremos adiante.</span></span></strong></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>C. Visão da Tradição da Reforma Radical</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Em linhas gerais, há três correntes dentro da reforma radical</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">17 </span></sup><span lang="PT-BR">com respeito ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i>. Por essa razão, a exposição dessa corrente será um pouco mais longa:</span></span></strong></div><div class="ABC123"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="font-variant: normal; text-transform: uppercase;">1. O D</span><span lang="PT-BR" style="font-style: normal; font-variant: normal; text-transform: uppercase;">escensus</span><span lang="PT-BR" style="font-variant: normal; text-transform: uppercase;"> como um Ato divino</span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Kaspar Schwenckfeld (1489-1561)</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">18 </span></sup><span lang="PT-BR">sustentou que um Jesus divino havia descido ao inferno e esse foi um ato unicamente de seu próprio ser divino. Nada de sua natureza humana foi ao Hades. O “espírito vivificado” é o Espírito Santo através do qual a natureza divina foi e pregou no Hades. A idéia é a de um Jesus celestial descendo ao inferno, estabelecendo um púlpito para pregar aos mortos do mesm<span style="letter-spacing: -0.75pt;">o modo como o fez enquanto pregou aos vivos: “[Cristo] desceu à prisão [do inferno] e pregou através do Espírito, proclamando-lhes a salvação e o evangelho da graça pelo qual eles haviam estado esperando com grande expectativa.”</span></span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">19 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Jesus veio do céu e “tirou todas as suas almas da masmorra da prisão, e as conduziu consigo para o seu reino celestial e ao lugar preparado, e deixou vazia a corte exterior do inferno.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">20 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Esta última afirmação de Schwenckfeld é espantosa! O inferno esvaziou-se com a obra de pregação do Jesus celestial! Não ficou ninguém na condenação. É uma outra maneira de ensinar um universalismo salvador. Além disso, não há nada de humano naquilo que Jesus teria feito no inferno. Era típico do movimento da reforma radical uma espécie de docetismo, um movimento teológico na história da igreja que negou a plena encarnação e humanidade de Jesus Cristo. Além disso, não foi o Jesus </span><span lang="PT-BR">divino que pregou, mas a Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo.</span></span></strong></div><div class="ABC123"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="font-variant: normal; text-transform: uppercase;">2. O D</span><span lang="PT-BR" style="font-style: normal; font-variant: normal; text-transform: uppercase;">escensus</span><span lang="PT-BR" style="font-variant: normal; text-transform: uppercase;"> como um Ato Humano</span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Agora é a vez dos anabatistas Johannes Schlaffer e Johannes Spittelmaier, que ensinaram uma idéia totalmente oposta à anterior. Quem desceu ao inferno foi um Jesus totalmente humano. A descida ao Hades foi uma função da natureza humana do Redentor e é um ritual pelo qual somente o homem deve passar. “Além disso, foi o Jesus mortal que desceu e o Pai divino quem o libertou de lá.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">21 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;"> </span><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> foi realizado por um Jesus humano, que carece da ajuda do Pai para ser resgatado, antes que por um ser divino. Todavia, o sentido importante do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> não foi a encarnação, mas a cruz. Este pensamento é bem diferente do primeiro porque torna o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> algo que aconteceu neste mundo, não num mundo inferior, localizado fora de nosso mundo. O colega de Schlaffer, Spittelmaier, identificou “o inferno deste mundo” de Schlaffer com o inferno de perseguição nas mãos dos cristãos ortodoxos.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">22 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;"> </span><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Portanto, na concepção desses anabatistas, todos os cristãos que sofrem neste mundo por causa de Cristo compartilham dos mesmos tormentos que Jesus suportou. Esses sofredores são libertados dos sofrimentos infernais do futuro porque já experimentaram os sofrimentos semelhantes aos de Cristo.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">23 </span></sup><span lang="PT-BR">Nesse caso, os sofrimentos de Cristo sobre a cruz foram mais um exemplo para os seus,</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">24 </span></sup><span lang="PT-BR">e não sofrimentos penais, diminuindo-se, assim, o valor substitutivo e penal dos sofrimentos de Cristo.</span></span></strong></div><div class="ABC123"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="font-variant: normal; text-transform: uppercase;">3. <span style="letter-spacing: -0.75pt;">O D</span></span><span lang="PT-BR" style="font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: -0.75pt; text-transform: uppercase;">escensus</span><span lang="PT-BR" style="font-variant: normal; letter-spacing: -0.75pt; text-transform: uppercase;"> como um Ato do Ser Divino e dos Seres Celestiais e Humanos</span><span lang="PT-BR" style="font-variant: normal; text-transform: uppercase;"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Uma outra variação do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> entre os simpatizantes da reforma radical foi a de Miguel Serveto (1511-1553),</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">25 </span></sup><span lang="PT-BR">que Friedman denomina de bizarra.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">26 </span></sup><span lang="PT-BR">À semelhança de Schwenckfeld, ele cria que o corpo de Cristo era composto de material celestial, sendo acentuadamente divino.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">27 </span></sup><span lang="PT-BR">Todavia, Cristo não poderia ficar despojado de sua humanidade ao ser confrontado com Satanás no inferno. A humanidade de Cristo está vinculada ao seu pacto pessoal com o crente, dentro de quem todo mal e o pecado residem. Embora crendo na divindade de Cristo, Serveto “acrescentou uma dimensão totalmente nova à teoria do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i>, porque viu esse evento como um capítulo adicional da batalha cósmica e eterna entre Deus e Satanás, que eventualmente culmina no Apocalipse.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">28 </span></sup><span lang="PT-BR">A fim de se entender como Deus falhou na batalha contra Satanás e como o Filho tentou descer ao inferno mas também deixou de alcançar a vitória, é necessário conhecer a teoria do mal esposada por Serveto.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">29 </span></sup><span lang="PT-BR">Desde a Queda, Satanás tomou posse da terra, ocasionando a retirada de Deus do ser humano e a entrada da serpente no mesmo. Quando Jesus desceu aos infernos “para resgatar os santos do Antigo Testamento, ele não pode destruir o poder de Satanás dentro de sua própria cidadela.” Escrevendo a Calvino, “Serveto observou que Cristo não desceu à sepultura ou ao lugar onde os corpos dos mortos são colocados, mas na corte mais interior do inferno, onde as almas são tornadas cativas.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">30 </span></sup><span lang="PT-BR">Todavia, os esforços divinos foram frustrados porque Satanás encarnou-se neste mundo como o papa, que fala pela igreja de Cristo. Os crentes do Antigo Testamento foram libertos, mas a igreja cristã está sob as garras de Satanás encarnado. A doutrina cristológica e trinitária da igreja desde Nicéia é o ensino pervertido de Satanás.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">31 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Como Deus havia falhado no Éden e Cristo falhou em seu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i>, Deus providenciou outro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> com manifestação divina, o qual, no entender de Serveto, haveria de ocorrer em 1585, com a descida do arcanjo Miguel. “Após a glorificação do Anticristo (a forma papal de reinado) uma nova glorificação de Cristo é necessária.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">32 </span></sup><span lang="PT-BR">Além dessa manifestação do arcanjo Miguel, os cristãos também participam dessa luta contra Satanás. Segundo o pensamento de Serveto, todos devem descer ao inferno e expor suas almas à morte sangrenta na luta contra o Anticristo.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">33 </span></sup><span lang="PT-BR">Para Serveto, um Jesus divino desceu ao inferno para libertar os crentes do Antigo Testamento e todos os cristãos devem reproduzir em suas próprias vidas a batalha de Cristo contra Satanás. O cumprimento do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> se daria somente em 1585, quando o arcanjo Miguel haveria de descer para destruir a Satanás.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">34 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>D. Visão da Tradição Luterana</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A interpretação luterana é bem diferente da interpretação das tradições anteriores. Embora Jesus Cristo tenha ido literalmente ao Hades entre a sua morte e ressurreição, o propósito foi o de proclamar a sua vitória sobre Satanás. Lutero vê nesse <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> a conjunção do triunfo de Cristo sobre Satanás com a idéia de levar cativo o cativeiro.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A grande dificuldade dessa interpretação é que ainda não tinha havido nenhuma manifestação de vitória de Cristo, pois a ressurreição ainda estava por acontecer. O resultado do pensamento de Lutero é que, na tradição luterana, a descida ao Hades é o primeiro estágio da exaltação de Cristo.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Na teologia luterana, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> ao Hades é tomado com muita seriedade por causa da importância da expressão para essa tradição da Reforma. Todavia, os luteranos não se aventuram a explicar o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> em seus detalhes, pois deve ser aceito somente pela fé.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">35 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Não é fácil reconciliar as diferentes afirmações de Lutero a respeito da descida de Cristo ao Hades,</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">36 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">pois ora ele falava da mesma em termos metafóricos, quando Cristo conquistou Satanás, ora em termos literais.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">37 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Todavia, parece-nos que foi Melanchton quem mais influenciou o luteranismo posterior, porque afirmou uma descida real e espacial de Jesus ao Hades e, acima de tudo, tornou esse ato de Jesus uma parte do seu triunfo.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">38 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;"> </span><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">O ensino do luteranismo confessional aparece em dois lugares da Fórmula de Concórdia, que é um dos símbolos de fé luteranos. A Fórmula de Concórdia tem duas partes: a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Epítome</i> e a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Declaração Sólida.</i> Na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Epítome</i> está escrito: “Porque é suficiente que saibamos que Cristo desceu ao inferno, destruiu o inferno para todos os crentes e redimiu-os do poder da morte, do diabo e da condenação eterna das mandíbulas infernais.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">39 </span></sup><span lang="PT-BR">Na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Declaração Sólida</i>, há a seguinte afirmação: “Nós simplesmente cremos que a pessoa total, Deus e homem, após o sepultamento desceu ao inferno, conquistou o diabo, destruiu o poder do inferno e tirou do diabo o seu poder.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">40 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Lutero cria que Jesus Cristo, em sua natureza humana e divina, desceu ao inferno literalmente. Na única vez em que mencionou o assunto, ele disse: “Eu creio no Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, que morreu, foi sepultado e desceu ao inferno.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">41 </span></sup><span lang="PT-BR">Portanto, para o pensamento luterano, a ida ao inferno foi posterior ao sepultamento.</span></span></strong></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>E. Visão da Tradição Arminiana</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>É comum entre muitas pessoas a idéia de que a morte não coloca um fim no período em que Deus opera com a sua graça para salvar pecadores. Elas sempre tentam arranjar novas oportunidades para os ímpios serem salvos, mesmo que seja após a sua morte. Esse é o caso de vários estudiosos de orientação arminiana, como veremos adiante.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Essa tendência da tradição arminiana evidencia-se naqueles que sustentam a noção mais comum desde os tempos antigos, de que Cristo teria descido ao Hades para pregar o evangelho não somente “a todos os piedosos falecidos na antiga dispensação que creram nele e compartilharam da salvação cristã,”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">42 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">mas também aos mortos em geral que não ouviram a pregação enquanto viveram neste mundo.</span><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A evangelização no Hades também tem como finalidade pregar aos ímpios mortos para dar-lhes uma outra oportunidade de salvação. A doutrina da segunda oportunidade é bastante comum em círculos arminianos. Essas idéias baseiam-se numa interpretação equivocada de 1 Pedro 3.18-20. Eles afirmam que Jesus Cristo foi e pregou o evangelho de salvação aos espíritos em prisão no Hades.</span><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A grande dificuldade da primeira idéia acima é que os santos do Antigo Testamento já haviam crido no Messias e, por isso, estavam justificados (Rm 4.3; Gl 3.6-9), o que torna desnecessária essa evangelização. </strong></span></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>F. Visão da Tradição Reformada</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Na teologia reformada, a expressão “desceu ao Hades” é muitas vezes omitida inteiramente do Credo dos Apóstolos. Quando, todavia, a expressão aparece, ela substitui “sepultado,” sendo a palavra Hades entendida como uma referência ao “sheol,”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">43 </span></sup><span lang="PT-BR">a região dos mortos, ou como uma referência ao estado de morte.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">44</span></sup><span lang="PT-BR"> Outras vezes, como pensa Calvino, o Hades significa o sofrimento e morte de Jesus como expressão do recebimento da justiça divina.</span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Calvino sustentava que a descida ao Hades foi a experiência das dores do inferno na alma de Jesus, enquanto o seu corpo ainda estava pendurado na cruz, especialmente a experiência da ira divina contra o pecado que ele suportou no lugar dos seres humanos, que se evidencia numa dor espiritual resultante do abandono de Deus. Ali na cruz, Cristo tomou sobre si as dores da punição que eram devidas a todo o seu povo.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">45 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Estas idéias de Calvino foram transmitidas a alguns segmentos da Igreja da Inglaterra, no período do rei Eduardo VI, através dos ensinos do bispo anglicano John Hooper, que assim comentou a cláusula <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna</i> do Credo Apostólico, por volta de 1549: </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Eu creio também que enquanto ele estava sobre a dita cruz, morrendo e entregando o seu espírito a Deus seu Pai, ele desceu ao inferno; isto quer dizer que provou verdadeiramente e sentiu a grande aflição e peso da morte, e igualmente as dores e tormentos do inferno, o que quer dizer a grande ira de Deus e o seu severo julgamento sobre si, até ter sido totalmente esquecido por Deus... Este é simplesmente o meu entendimento de Cristo em sua descida ao inferno.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">46 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Toda a tradição reformada sustenta, em alguma medida, o que foi dito acima, com algumas pequenas variações, mas sem qualquer prejuízo do entendimento geral de que a descida de Cristo ao Hades deve ser entendida como algo que aconteceu enquanto ele estava sob a ira de Deus no Calvário ou, no máximo, quando foi sepultado.</strong></span></div><div class="subtitulos"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>III. Análise <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Bíblica</i> da “Descida ao Hades” nas principais<br />
tradições da reforma</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Existe base bíblica para afirmar que Jesus Cristo experimentou o Hades — se por Hades entendemos a manifestação do juízo divino — mas não há fundamento bíblico para afirmar que ele desceu localmente ao Hades, após a sua morte e sepultamento. Todavia, é importante que façamos uma análise da interpretação bíblica das principais tradições da Reforma, a fim de que não ignoremos como pensam esses companheiros cristãos. </strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR"><strong><span style="color: #eeeeee;">Dentre os vários textos utilizados pelas diversas correntes teológicas, o de 1 Pedro 3.18-20 é o mais usado e o mais abusado. Vejamos, portanto, a sua interpretação em algumas tradições teológicas.<span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></strong></span></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A. Interpretação da Tradição Arminiana</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Na tradição arminiana não existe uma interpretação única do texto de 1 Pedro 3.20, mas várias que sustentam a doutrina do evangelho da segunda oportunidade. Obviamente, a questão da pregação do evangelho no Hades, dentro do arminianismo, é matéria pertinente à extensão da morte de Cristo, que sem dúvida atinge a todos os seres humanos sem exceção. Os defensores dessa concepção não conseguem aceitar que tantas pessoas tenham perecido sem salvação. Esse pensamento certamente norteia a idéia da pregação evangelística da segunda oportunidade no Hades.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Geralmente, para provar que a pregação no Hades foi de caráter evangelístico, os seus defensores tentam associar o texto de 1 Pedro 3.19 com o de 1 Pedro 4.6, já que o primeiro texto recebe objeção, pois é visto como sendo um texto que não fala de evangelização. </strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Portanto, a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">probabilidade</i> de que o significado de </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek;">khru/ssein</span><span lang="PT-BR"> (“pregar”) em 1 Pedro 3.19 tenha essa conexão deve ser considerada como irresistivelmente forte contra qualquer outro sentido que não o da pregação do evangelho. A <i style="mso-bidi-font-style: normal;">probabilidade</i> é fortalecida pelo uso do verbo </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek;">eu)hggeli/sqh</span><span lang="PT-BR"> (“foi pregado o evangelho”) em 1 Pedro 4.6, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">entendendo</i> que devemos considerar este verso como tendo íntima relação com 3.19.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">47 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Fica bastante difícil para os defensores do evangelho do Hades provarem a sua tese sem mencionar o texto de 1 Pedro 4.6, mas mesmo assim ela fica enfraquecida porque esse texto não favorece a ligação com 1 Pedro 3.19. Isso veremos mais tarde.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Uma das interpretações mais curiosas é aquela dada no comentário do arminiano De Wette: </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Os antediluvianos não haviam tido nenhum redentor e nenhum guia para a vida do Espírito. Portanto, Deus devia (se é que podemos usar essa expressão) suprir-lhes essa deficiência e, assim, por fim, o Senhor ressuscitado lhes trouxe salvação no Hades.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">48 </span></sup></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>O grande erro dessa interpretação é que a Escritura não lhe dá apoio e, além disso, Noé foi o pregador de Deus àquela geração antediluviana, como veremos adiante. Eles não ficaram sem testemunho de Deus. Portanto, não precisavam dessa pregação no Hades.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Outros arminianos admitem que o evangelho já havia sido pregado à geração de Noé, e que essa pregação foi rejeitada, mas não foi uma rejeição definitiva. Por isso, a descida de Jesus ao Hades, conforme o seu entendimento de 1 Pedro 3.20, teria o caráter de uma segunda oportunidade. Um escritor dessa linha de pensamento afirma que “muitos não foram endurecidos irrecuperavelmente.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">49 </span></sup><span lang="PT-BR"> Outro deles ainda afirma: “Esses homens que Pedro pensa que haviam perecido no grande julgamento de Deus, parece que em seu destino terrível não tinham se endurecido irrevogavelmente contra Deus.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">50 </span></sup><span lang="PT-BR"> A rejeição dos homens do passado não foi uma rejeição final do evangelho. “Não é possível que naquelas palavras ‘os quais nos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">outros tempos</i> foram desobedientes’ possa haver uma sugestão de que essa sua desobediência não tenha sido um ‘pecado eterno,’ que... é o terrível destino daqueles que nunca têm perdão?” Essa interpretação é encontrada em um dos comentários bíblicos mais populares entre os pastores, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Pulpit Commentary</i>.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">51</span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Uma outra interpretação curiosa é a de que a pregação do evangelho no Hades foi dirigida àqueles que haviam se arrependido enquanto viveram aqui na terra, mas não tiveram tempo de confessar os seus pecados enquanto eram engolfados pelas águas do Dilúvio. Um desses defensores do evangelho do Hades, o bispo Horsley, tem dificuldade em crer que “os milhões que morreram no Dilúvio tenham morrido impenitentes,” e afirma ainda que “a proclamação benéfica do evangelho foi limitada àqueles que se arrependeram antes da morte.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">52 </span></sup><span lang="PT-BR">Esse tipo de pensamento baseia-se em mera e fantasiosa suposição. Portanto, o fundamento para esse evangelho do Hades são simples hipóteses. Veja-se a citação a seguir: </span></span></strong></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Certamente não há nada que nos proíba supor que os antediluvianos aqui referidos (embora tivessem sido, por muito tempo, desobedientes e tivessem resistido à luta do Espírito de Deus mediante a pregação de Noé, enquanto a Arca estava sendo preparada) foram levados ao arrependimento e buscaram misericórdia, quando o dilúvio realmente veio.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">53 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Não há qualquer fundamento bíblico para essa idéia. Ela reflete uma pura especulação, certamente governada por pressupostos arminianos sobre a extensão da expiação.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Outro defensor do evangelho do Hades afirma que a pregação no Hades é um ministério que Deus confiou a Paulo e a outros apóstolos, com base numa análise falaciosa do texto de 2 Timóteo 1.12, que diz “estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia.” Segundo essa idéia, Paulo está no Hades, como os outros apóstolos, exercendo o seu ministério evangelístico, esperando receber o prêmio dessa tarefa no dia final. </strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">O gérmen desse pensamento encontra-se nas idéias de Clemente de Alexandria, “que assevera como ensino direto das Escrituras que nosso Senhor pregou o evangelho aos mortos, mas pensa que as almas dos apóstolos devem ter assumido a mesma tarefa quando eles morreram.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">54 </span></sup><span lang="PT-BR">Luckock também endossa a afirmação acima. Ele diz que “os apóstolos, seguindo o exemplo de nosso Senhor, pregaram o evangelho àqueles que estavam no Hades.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">55 </span></sup><span lang="PT-BR">Engelder diz que até mesmo os seguidores de Edward Irving</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">56 </span></sup><span lang="PT-BR">creram nisso, isto é, “que os apóstolos que morreram continuam a obra da pregação que Cristo começou em sua descida ao Hades.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">57</span></sup><span lang="PT-BR"> Isto significa que a pregação do evangelho ainda continua a existir no Hades. </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Ziethe, um dos defensores dessa posição, diz o seguinte: </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Cremos que aquela grande obra de salvação, que o Filho de Deus começou com sua descida ao inferno, será levava a efeito continuamente até o fim dos tempos. Cremos que, no tempo presente, o evangelho também é pregado aos espíritos em prisão, a fim de que eles possam decidir a favor ou contra Cristo, para a sua salvação ou sua condenação.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">58 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Dificilmente encontraremos capacidade tão imaginativa para justificar o evangelho da segunda oportunidade no Hades. Em nome dos pressupostos arminianos, praticam-se grandes excentricidades exegéticas. É possível que ainda hoje vejamos alguns pregadores se aventurarem a afirmar que desceram aos infernos para pregar aos mortos. Não é de se espantar que ouçamos tais desvios teológicos em nome do amor às almas perdidas, sem levar em conta o ensino genuíno das Escrituras.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee; letter-spacing: -0.75pt;">Ora, as excentricidades não param por aí. Não somente os apóstolos, mas os santos em geral também são considerados como pregadores dos infernos. O tão celebrado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pulpit Commentary</i>, comentando o texto de Pedro, afirma: “Os santos que partiram espalham as alegres novas do evangelho entre os reinos dos mortos” (p. 145). De maneira convicta, mas equivocada, diz Luckock:</span><span lang="PT-BR"></span></strong></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Nós exerceremos na outra vida, no mundo dos espíritos, sob condições espirituais, ministérios especiais e graças peculiares que marcaram nosso trabalho e vida neste mundo terreno... Os espíritos dos justos estão lá, e podemos muito bem imaginar os seus labores em favor dos outros, trazendo-lhes o conhecimento de Deus.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">59 </span></sup></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Essas idéias também são puramente especulativas e altamente imaginosas. Essa imaginação vai ao ponto de tentar entender o plano de Deus ao retirar as vidas jovens deste mundo. Veja-se o que J. Paterson-Smith diz em seu livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Gospel of the Hereafter</i>: </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Pense como ele (o evangelho do Hades) ajuda nas perplexidades a respeito de Deus quando retira desta vida os jovens e as pessoas úteis. Eu disse a um homem que perguntou “Por que Deus tira um vida nobre como essa e deixa tantas vidas tolas e inúteis neste mundo?” que talvez Deus não quisesse <i style="mso-bidi-font-style: normal;">somente</i> as pessoas inúteis e tolas... Os eleitos de Deus na vida futura são ainda eleitos de Deus para o serviço em favor dos outros.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">60 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A morte prematura desses jovens é considerada como o início de um novo ministério no além túmulo. Ainda lá, para esses defensores do evangelho do Hades, é maravilhoso ver as pessoas evangelizando!</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essas pessoas revelam o desejo de querer ver o mundo dos espíritos sendo salvo, na sua totalidade, pela pregação da segunda oportunidade. Perguntamos: Até quando as almas dos apóstolos e dos crentes em geral permanecerão no Hades esperando que sejam recebidas no céu? Certamente esse ensino não passa de um romantismo teológico, destituído de qualquer fundamento escriturístico.</span></strong></span></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>B. Textos Usados pelos Defensores do Evangelho do Hades</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Além dos textos de 1 Pedro 3.18-20 e 4.6, outros textos são usados pelos defensores do evangelho do Hades.</strong></span></div><div class="Citao" style="margin: 5.65pt 0cm 5.65pt 1cm;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>1 João 3.8 – “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">para destruir as obras do diabo</i>.”</strong></span></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Na visão dos defensores do evangelho do Hades, é algo extremamente pernicioso pensar que a grande maioria dos pecadores ficou perdida, pois isso indicaria a derrota e não a vitória de Jesus Cristo. Um de seus proponentes disse: “Certamente se 8/9 dos homens e mulheres nascidos neste mundo perecem eternamente, então Satanás terá triunfado; Cristo terá fracassado em destruir as suas obras.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">61</span></sup><span lang="PT-BR"> Jesus veio para destruir as obras do diabo, inclusive vencendo a oposição dos homens no inferno. Cristo foi aos infernos inclusive para buscar os perdidos que lá estavam. Se ele veio destruir as obras do diabo, então é necessário admitir que ele esteve no inferno para aniquilar as obras do diabo naquele lugar. </span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Essa é uma espécie de universalismo disfarçado de amor pelas almas perdidas, com o grave erro de se crer que o inferno é uma criação do diabo e um lugar das atividades atormentadoras do mesmo.</strong></span></div><div class="Citao" style="margin: 5.65pt 0cm 5.65pt 1cm;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Mateus 5.26 – “Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.”</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>O comentarista F. W. Farrar, pressupondo o evangelho do Hades, diz: </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Se o destino <i style="mso-bidi-font-style: normal;">daqueles</i> pecadores (1 Pe 3.19; 4.6) não é irrevogavelmente fixado pela morte, então deve ficar claro e óbvio ao mais simples entendimento que nem necessariamente é o nosso ... Que os prisioneiros ali podem ser “prisioneiros <span style="letter-spacing: -0.75pt;">da esperança,” decorre de Mt 5.26, onde a mesma palavra</span> </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek;">fulakh/n</span><span lang="PT-BR"> (“prisão”- v. 25) é usada.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">62 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">A esperança dos prisioneiros do Hades está no fato de o evangelho ser ali pregado. Mas a idéia de a pessoa ter que ser libertada gratuitamente pelo evangelho, quando tem que pagar até o último centavo, é absurda e contraditória. Se é o evangelho da graça, não há lugar para um pagamento feito pelo próprio homem. É impossível saldar qualquer débito no inferno. Quando objetado sobre esse assunto, Farrar responde com a Escritura: “O que é impossível para os homens, é possível para Deus (Mt 19.26).” Esse texto é uma grande saída, mas está citado totalmente fora de contexto. Não há qualquer autorização para esse tipo de interpretação. É impressionante que tal interpretação tenha sido dada por alguém que escreveu tanto sobre hermenêutica. Ele próprio não aplicou no seu comentário a boa hermenêutica tão propalada em sua obra.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">63 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Citao" style="margin: 5.65pt 0cm 5.65pt 1cm;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Mateus 12.31-32 – “Por isso vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir</i>.”</strong></span></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A sentença em itálico parece indicar para alguns defensores do evangelho do Hades que há uma possibilidade de perdão de pecados no inferno, exceto para o pecado da blasfêmia. Obviamente, os seus pressupostos arminianos devem conduzir a essa conclusão. Muitos intérpretes desatentos ao ensino geral das Escrituras poderão ter a mesma inclinação. Contudo, o texto está dizendo que o pecado contra o Espírito Santo especificamente não será perdoado em hipótese alguma, mesmo na eternidade (não no estado intermediário, no Hades). É a impossibilidade do perdão desse pecado que está explícita, não o perdão dos outros pecados no Hades, implicitamente.</strong></span></div><div class="Citao" style="margin: 5.65pt 0cm 5.65pt 1cm;"><span lang="PT-BR"><strong><span style="color: #eeeeee;">Mateus 11.20-23 – <span style="letter-spacing: -0.75pt;">“Passou, então, Jesus a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres, pelo fato de não se terem arrependido. Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E contudo vos digo: No dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós outros. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até o céu? Descerás até ao inferno; porque se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje.”</span></span></strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Esta passagem é clássica para os defensores do evangelho do Hades. Para estes, ela indica que haverá a possibilidade, para aqueles que não tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho neste mundo, de o ouvirem no outro mundo. Comentando essa passagem, Traub</strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">mostra que entre a população pagã de Tiro e Sidom, e a de Sodoma, houve aqueles que, se a salvação de Cristo se lhes tivesse sido anunciada, teriam aceito a salvação pela fé. Estas palavras de Jesus Cristo podem ser aplicadas de um modo genérico. Elas provam que, entre aqueles a quem o Evangelho não alcançou nesta vida, há alguns que o teriam aceito caso lhes tivesse sido pregado. Segue-se que a pregação que não os alcançou nesta vida, de algum modo lhes será suprida posteriormente, na vida além.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">64 </span></sup></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Trata-se de um raciocínio de certa forma lógico, mas destituído do fundamento geral das Escrituras, porque entra simplesmente no terreno das hipóteses, que não pode e não deve ser levado em conta. O que o texto diz não é que tais pessoas terão a oportunidade de salvação no Hades, mas que receberão menor rigor no dia do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">julgamento</i>. Com menor rigor a punição virá sobre eles, mas não a salvação.</strong></span></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Em resumo, chamei essas idéias de arminianas, não porque todos os arminianos as possuam, mas porque elas são próprias daqueles que ensinam uma espécie de universalismo de redenção e uma universalidade da decisão de Deus de salvar pecadores. Isso é próprio de arminianos que, em nome do amor pelos pecadores, distorcem algumas passagens da Escritura para mostrar que haverá oportunidade de salvação até no Hades. Por essa razão, todos os defensores do evangelho do Hades sempre citam as passagens bíblicas usadas pelos arminianos para mostrarem o propósito universal da salvação de Deus. Afinal de contas, Farrar diz: </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Esta minha crença (de que Aquele que é Senhor de ambos, vivos e mortos, pode salvar almas pecaminosas mesmo após a morte do corpo) é fundada, não como tem sido afirmado, nos dois textos de Pedro, mas no que me parece ser <i style="mso-bidi-font-style: normal;">o teor geral da totalidade das Escrituras, como uma revelação do amor de Deus em Cristo</i>... É, portanto, uma doutrina que não somente se harmoniza melhor com a crença instintiva do homem sobre a justiça e misericórdia de Deus, mas também é muito mais escriturística e muito mais católica do que outras...</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">65 </span></sup></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Aí está! Farrar, mesmo afirmando o contrário, invalida as Escrituras pelos seus pressupostos (que ele chama de “escriturísticos”) de um amor salvador de Deus que teria caráter absolutamente universal. É exatamente isto que muitos arminianos, propositadamente ou não, costumam fazer.</strong></span></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>C. Interpretação da Tradição Luterana</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Para os luteranos, o texto de 1 Pedro 3.18-20 “é a passagem mais clara do Novo Testamento sobre a descida ao inferno.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">66 </span></sup><span lang="PT-BR">Vamos analisar apenas algumas expressões-chave em que a teologia luterana se distingue das outras.</span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><span lang="PT-BR"><strong><span style="color: #eeeeee;">Verso 18 – observe a expressão “vivificado em espírito.” A exegese feita por alguns luteranos indica que Jesus Cristo, quando morreu, e antes de ser ressuscitado, teve o seu espírito restituído ao seu corpo e, com a totalidade da sua natureza humana, foi ao inferno, o que é altamente estranho. Nesse caso, a i<span style="letter-spacing: -0.75pt;">déia de morte fica totalmente prejudicada, pois morte é separação. Se a pessoa total de Jesus Cristo foi ao Hades, então a morte deixa de existir em Cristo. </span></span></strong></span></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Tratando da expressão “vivificado em espírito” (v. 18)</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">67 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">— que é diferente da ressurreição para os luteranos —, Scharlemann diz: “Quando nosso Senhor morreu na cruz, lemos que ele entregou o seu espírito nas mãos do Pai (Lc 23.46). O dativo de referência em nosso texto poderia, entretanto, sugerir que Jesus foi trazido à vida no sentido de que o seu espírito retornou ao seu corpo.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">”68 </span></sup><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;"> </span><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">A base dessa interpretação é apoiada curiosamente pelo fato de o retorno da filha de Jairo à vida ser descrito em termos de seu espírito estar retornando ao seu corpo (Lc 8.55).</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">69 </span></sup><span lang="PT-BR">Portanto, “o espírito” mencionado no verso é o da natureza humana de Jesus Cristo, que estava com o Pai no período entre a morte e a ressurreição, e veio a juntar-se ao corpo novamente, a fim de que o Cristo total fosse ao inferno, mas sem haver ressurreição.</span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Verso 19 – vimos que, para Scharlemann, a “vivificação” é a situação em que o espírito de Cristo voltou ao seu corpo entre a morte e a ressurreição. Nesse processo, </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">particularmente quando Cristo estava sendo trazido à vida (“vivificação”), no momento antes de manifestar-se como o Senhor ressuscitado, ele foi e fez a proclamação aos espíritos em prisão. Essa interpretação distingue, portanto, entre o ser trazido à vida e a ressurreição, e sugere que o Deus-homem em seu estado glorificado foi e fez a proclamação em prisão antes de apresentar-se a si mesmo na tumba aberta.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">70 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A citação acima mostra, portanto, que a descida ao Hades é o primeiro estágio da exaltação de Cristo, porque ele foi trazido à vida. O problema é definir o que vida significa aqui. Por causa dessa interpretação, é possível, para a teologia luterana, que o estado de exaltação comece com a proclamação de Cristo no inferno, pois aí ele já está vivificado.</strong></span></div><div class="ABC123"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee; font-variant: normal; text-transform: uppercase;"><strong>1. Qual é o conteúdo da proclamação? </strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Em si mesma, a palavra “pregou” não define o seu conteúdo, segundo o entendimento da teologia luterana. Certamente, a palavra nada tem a ver com evangelização. Dentro do conceito luterano, a proclamação não tem nada a ver com a segunda chance da pregação do evangelho feita no inferno. A argumentação para essa negativa é que há diferença entre </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek; font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">khru/ssw</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"> (proclamar)</span></i><span lang="PT-BR"> e </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek; font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">eu)anggeli/zomai</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"> (evangelizar)</span></i><span lang="PT-BR">. Quando Cristo quis falar de evangelização ele usou o segundo verbo, ou, quando usou </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek; font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">khru/ssw</span><span lang="PT-BR">, ele acrescentou que “pregou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">o evangelho</i>” (Mc 1.14).</span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Também se diz que Cristo “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">foi</i>” e pregou. Segundo o entendimento luterano, não é possível espiritualizar essa “ida” ao inferno, como costumam fazer os calvinistas, dizendo que “quando Cristo morreu na cruz, os efeitos de sua morte foram sentidos no reino dos mortos... Como não temos nenhum direito de espiritualizar a ascensão, assim há pouca justificação para retirar daqui o sentido mais importante do verbo ou ignorá-lo. Cristo “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">foi</i> e pregou aos espíritos em prisão.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">71 </span></sup><span lang="PT-BR"> Existe, portanto, a idéia de movimento de um local para outro, e não simplesmente a espiritualização da idéia.</span></span></strong></div><div class="ABC123"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee; font-variant: normal; text-transform: uppercase;"><strong>2. A quem se fez essa proclamação?</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Essa pergunta tem a ver com os “espíritos em prisão.” Quem eram eles? As respostas não são absolutamente unânimes entre os luteranos. </strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Lutero, no seu comentário do livro de Oséias, na edição de 1545, refere-se ao texto de 1 Pedro 3.18, dizendo: </strong></span></div><div class="Citao"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Aqui Pedro diz claramente que Cristo apareceu não somente aos pais e patriarcas mortos, a quem ele em sua ressurreição levantou consigo mesmo para a vida eterna, mas que ele pregou a alguns que, nos tempos de Noé, não creram, mas confiaram na paciência de Deus, isto é, esperaram que Deus não tratasse tão severamente toda a carne, a fim de que eles pudessem saber que seus pecados foram perdoados através do sacrifício de Cristo.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7.5pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">72 </span></sup><span lang="PT-BR"> </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Portanto, a idéia de Lutero é que a pregação de Cristo visou confirmar a salvação daqueles que haviam vivido nos tempos antigos, confiaram na paciência de Deus e agora estavam em prisão no Hades. Em outras palavras, Deus salvou alguns que confiaram não na pregação de Deus, mas na sua paciência. A esses Jesus confirmou a sua redenção.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Obviamente, essa idéia de Lutero não é bem-vinda entre os luteranos de modo geral. Scharlemann diz que “seria difícil concordar com a última parte dessa afirmação, mas a primeira parte indica que nos últimos anos de sua vida Lutero viu o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> à luz de 1 Pedro.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">73 </span></sup><span lang="PT-BR">Melanchton confirma que posteriormente Lutero mudou a sua posição nesse assunto. Ele ficou “disposto a pensar sobre a pregação de Cristo no Hades, referida em 1 Pedro, como tendo possivelmente efetuado também a salvação de pagãos mais nobres como Scipio e Fabius.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">74 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">A visão luterana oficial é a sustentada pelos seus símbolos de fé já citados, que assimilam o pensamento cristão do século IV, segundo o qual o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> ocorreu para conquistar a morte e o inferno, sem contudo comprometer-se na matéria da libertação dos santos do Antigo Testamento.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">75 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR" style="letter-spacing: -0.75pt;">Respondendo a pergunta acima, podemos dizer que, de acordo com o pensamento luterano, a proclamação de vitória é feita aos que no tempo de Noé recusaram-se a crer e agora estavam em prisão. O texto de Pedro “ensina claramente que Cristo desceu à região dos condenados, àqueles que deliberadamente rejeitaram a graça de Deus no tempo de Noé, a fim de fazer-lhes a proclamação.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">76 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Mas qual é o sentido de </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek; font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">fulakh</span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek;">/</span><span lang="PT-BR"> (“prisão”)?<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A resposta a essa pergunta define quem eram os “espíritos.” Os luteranos rejeitam a idéia de que o Hades é o lugar para onde vão todos os mortos, mas a “prisão” é o lugar onde ambos estão sob guarda, os anjos caídos e os espíritos dos incrédulos. “Prisão” para eles é mais ou menos sinônimo de “abismo” (Ap 9.1,2,11; 11.17; etc.), que é o lugar onde estão os espíritos dos demônios.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Em contraste com o conceito pagão e com o conceito pagão-cristão, o Hades, para os luteranos, é apenas o lugar para onde vão os espíritos caídos e os espíritos dos incrédulos, e não o lugar para onde vão todos os mortos, sejam eles crentes ou incrédulos. “Prisão” é o oposto de “seio de Abraão,” para a qual vão os santos após a sua morte, conforme Lucas 16.22-25.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Resumindo a interpretação luterana sobre o texto de 1 Pedro 3.18-20, podemos dizer que “Cristo, segundo o seu corpo glorificado, desceu ao inferno para lá fazer proclamação de si mesmo como o Messias. Esse foi o primeiro estágio de sua exaltação.”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">77 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="ABC"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>D. Interpretação da Tradição Reformada</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>O texto de 1 Pedro 3.18-20 deve ser interpretado à luz de outros textos da Escritura que ajudam a esclarecê-lo. O apelo dos teólogos reformados deve ser às informações bíblicas e não às informações do Credo Apostólico (com o acréscimo do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna</i>). Estes são pontos fundamentais que não podem ser esquecidos.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Lembremo-nos de que a controvérsia sobre o Hades recrudesceu quando da inserção no Credo, por volta do sétimo século, da frase “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna</i>” após a cláusula “crucificado, morto e sepultado.” Antes disso, pouca coisa havia na igreja sobre essa matéria. Portanto, o foco desse assunto deve ser o ensino geral das Escrituras, não a afirmação credal.</strong></span></div><div class="ABC123"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee; font-variant: normal; text-transform: uppercase;"><strong>1. Rejeição do Conceito Cristão-Pagão de Hades</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A fé reformada, em sua constante busca de consistência bíblica e teológica, rejeita tanto a formulação pagã como a cristã-pagã a respeito do Hades, exemplificadas acima. Não há um lugar para onde vão todos os mortos igualmente, um lugar específico de espera até que chegue o dia da ressurreição. Não há dois compartimentos separados no mesmo Hades: um lugar para os bons e outro para os maus, como é ensinado em algumas teologias. A fé reformada crê inequivocamente que, quando morrem, os homens vão para lugares diferentes. Os ímpios que morrem sem o conhecimento salvador de Jesus Cristo vão para a condenação, o que a Escritura chama de inferno, aguardando o juízo final. Os que morrem no Senhor, isto é, os genuínos cristãos, vão estar com Cristo imediatamente, até o dia final. Por isso é que Paulo diz: “... prefiro morrer e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Fp 1.23). Não há como abrir mão dessas verdades.</strong></span></div><div class="ABC123"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee; font-variant: normal; text-transform: uppercase;"><strong>2. Interpretação de 1 Pedro 3.18-20</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Esse é o texto crucial com o qual todas as correntes se defrontam. Já vimos algumas interpretações. Doravante, a análise será de acordo com o ensino geral das Escrituras, como entendem os pensadores de linha calvinista, também chamados de reformados.</strong></span></div><div class="abc1230"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>a. Qual é o sentido de “carne” e “espírito vivificado”?</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Neste texto, essas duas palavras não devem ser tidas como referências antitéticas à mesma natureza humana do Redentor, isto é, referindo-se ao corpo e à alma de Jesus Cristo, pois esse não é o propósito do texto. Há lugares em que esse tipo de interpretação é possível,</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">78 </span></sup><span lang="PT-BR"> mas não aqui. Neste texto, Pedro está contrastando dois estados diferentes de existência de nosso Redentor: um está na esfera da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">limitação</i> em que viveu enquanto conosco, com respeito à sua natureza humana, no seu estado de humilhação; o outro é uma esfera de poder e de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não-limitação</i>, que ele teve antes de encarnar-se e que veio a possuir depois de exaltado. </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Essa mesma idéia, com outras palavras, aparece em Romanos 1.3-4, onde Paulo contrasta as duas existências do Filho encarnado, chamando-as de existência “segundo a carne” (existência humana, vinda da descendência de Davi) e existência “segundo o espírito de santidade,” revelando o seu estado vitorioso de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">não-limitação</i>. Em 1 Timóteo 3.16 esses dois estados de existência do Redentor também são apresentados: “manifestado na carne e justificado em espírito.” O próprio Pedro apresenta a mesma idéia em 4.6, referindo-se aos mortos que, segundo os homens, haviam sido “julgados na carne” (terminaram a sua existência humana de fraqueza) e agora “viviam no espírito,” segundo Deus (uma existência em poder e vitória, sem as limitações da existência em fraqueza).</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">79 </span></sup><span lang="PT-BR">O texto de 1 Pedro 3.18 também dá essas duas conotações ao Redentor:</span></span></strong></div><div class="abc0"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>1. O estado de limitação e fraqueza do Filho de Deus:</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">A palavra aqui usada para “carne” é a mesma palavra grega (</span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek; font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">s<span style="letter-spacing: 10pt;">a/r</span>c</span><span lang="PT-BR">) encontrada em outros lugares da Escritura, não significando, contudo, a parte material do homem ou a sua natureza pecaminosa, mas certamente a sua vida humana neste presente estado, a existência humana como ela é agora. Segundo o entendimento de Pedro, estar “morto na carne” refere-se simplesmente à humanidade de Cristo no estado de fraqueza (não de pecaminosidade) a que estava exposto. Quando ele morreu na carne, ele saiu desse estado de fraqueza e fragilidade. Neste sentido, portanto, é que devemos entender a expressão “morto na carne.” Todavia, não foi nesse estado que ele “pregou aos espíritos em prisão.”</span></span></strong></div><div class="abc0"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>2. O estado de não-limitação e força do Filho de Deus</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Às vezes, a palavra </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek; font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">pneu=ma</span><span lang="PT-BR"> (“espírito”) usada no verso 18 tem sido traduzida com letra maiúscula, como uma referência ao Espírito Santo, mas parece-nos que não há porque interpretá-la assim. Se assim fosse, ela não teria nenhuma referência a Cristo, mas à terceira pessoa da Trindade, o Espírito. A nossa questão aqui é a respeito do Filho. </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>O pensamento do verso 18 não é que o corpo de Jesus morreu e que o seu espírito reviveu. Essas coisas não fazem sentido para Jesus Cristo e nem para qualquer outro ser humano comum, pois quem morre é o homem e quem ressuscita é o homem, não o corpo ou o espírito. </strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A expressão “vivificado em espírito,” que possui similares em outros textos da Escritura, diz respeito à vitória de Cristo na ressurreição, combinando-se com o que Paulo diz em 1 Timóteo 3.16. Todavia, neste texto específico de 1 Pedro 3.19, o espírito vivificado ou vivificador pode ter mais significado se o entendermos como a natureza divina do Redentor, antes de ele encarnar-se. Ele vivia nesse estado de poder e não-limitação que contrasta com o estado de fraqueza em que esteve nos dias de sua carne, e foi nesse tempo de não-limitação que ele foi e pregou aos espíritos em prisão, quando eles viviam no tempo de Noé. </strong></span></div><div class="abc1230"><strong><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;">b. Qual é o sentido de “no qual” (v. 19)?</span><span lang="PT-BR" style="font-weight: normal;"></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Quando o texto de Pedro diz “vivificado em espírito, no qual também foi,” não está se referindo ao lugar aonde ele foi depois da morte, mas onde ele estava quando havia desobedientes nos tempos de Noé. Foi nesse espírito de vivificação que ele pregou através dos profetas nos tempos antigos, como veremos adiante.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A palavra “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">também</i>” (do verso 19) desvia o assunto para esse mesmo estado de não-limitação de Cristo, que o levou a estar presente na vida dos pregadores no tempo da desobediência dos contemporâneos de Noé. Ele não poderia ter feito isso nos dias da sua carne, isto é, da sua existência terrena. Ele foi antes de ser o Verbo encarnado, quando de sua existência absolutamente ilimitada.</strong></span></div><div class="abc1230"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>c. Para onde foi o Filho de Deus?</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Cristo não foi literalmente ao inferno entre a morte e a ressurreição para pregar aos aprisionados que lá estavam, porque a Escritura mostra claramente o lugar para onde ele foi depois que morreu e foi sepultado. Certamente ele também não foi ao inferno após a sua ressurreição.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Quando Jesus Cristo foi “morto na carne,” ele foi estar com seu Pai, pois a Escritura afirma que, antes de expirar, ele disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). </strong></span></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Quando Jesus Cristo foi “morto na carne,” ele foi para o céu, com seu Pai. No mesmo contexto da cruz, quando interpelado pelo ladrão à sua direita, que lhe suplicava “Lembra-te de mim, quando entrares no teu reino,” ele replicou: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Se formos buscar na própria Escritura o sentido de Paraíso, verificamos que é sinônimo de céu (o “terceiro céu,” o lugar em que Deus habita de modo especial).</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">80 </span></sup><span lang="PT-BR">Essa foi a idéia que Paulo deu a respeito de sua subida ao terceiro céu, que ele equipara ao paraíso (ver 2 Co 12.2-4). Portanto, o lugar em que Jesus Cristo permaneceu após a sua morte e até a ressurreição, não foi o Hades, mas o céu (ou o Paraíso),</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">81 </span></sup><span lang="PT-BR">o lugar de santa bem-aventurança e gozo!</span></span></strong></div><div class="Bodytext" style="line-height: 13.5pt;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Além disso, quando Jesus Cristo estava para morrer, ele disse que todo o seu sofrimento pela redenção do pecador estava no final. Jesus exclamou: “Está consumado” (Jo 19.30). Ele não teria que descer ao Hades para fazer qualquer pagamento, nem terminar sua obra de evangelização ou mesmo proclamar a sua vitória. Toda a obra de redenção e de proclamação pessoal do Redentor havia cessado.</strong></span></div><div class="abc1230"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>d. Quando ele pregou?</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">A preocupação do texto de 1 Pedro 3.18-20 não é o que Cristo fez entre a morte e a ressurreição, mas o que ele fez no seu estado pré-encarnado (de poder e de não-limitação) no reino espiritual, no tempo de Noé.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">82 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>O texto diz que ele, “vivificado em espírito,” isto é, em espírito poderoso (não em fraqueza e humilhação, como foi o caso da sua vida entre nós), “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">também</i> foi e pregou aos espíritos em prisão.” Foi nesse mesmo espírito de poder ou de existência poderosa e ilimitada que ele pregou. A palavra “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">também</i>” (do verso 19) define uma outra época, não após a morte e antes da ressurreição. Esse Redentor foi e pregou aos contemporâneos de Noé. Nesse espírito, isto é, nesse estado de poder é que ele <i style="mso-bidi-font-style: normal;">também</i> foi e pregou aos espíritos em prisão, que viviam escravizados no tempo em que Noé pregou. Isto está comprovado pelo fato de, nessa mesma carta, Pedro dizer que o espírito de Cristo, que é a sua natureza divina ilimitada e cheia de poder, estava presente nos pregadores, ou profetas, dos tempos antigos (1 Pe 1.11).</strong></span></div><div class="abc1230"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>e. O que ele pregou?</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Pode ser perfeitamente deduzido do contexto dessa Epístola de Pedro que Jesus Cristo pregou o evangelho aos contemporâneos de Noé. Espiritualmente, Cristo estava presente em Noé quando este era o “pregoeiro da justiça,” pois o mesmo Pedro menciona a salvação da qual os profetas falaram, “investigando atentamente qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos de Cristo, e sobre as glórias que os seguiriam” (1 Pe 1.11). Esse verso indica que Pedro admite que Noé era um profeta, ou seja, um “pregador da justiça” (2 Pe 2.5), em quem e através de quem Jesus Cristo pregou. O conteúdo da mensagem não foi de condenação final. Portanto, podemos afirmar com certeza que o conteúdo da pregação do “espírito vivificado,” através de Noé, era de salvação do juízo de Deus que haveria de vir sobre o mundo ímpio. Noé certamente pregou aos seus contemporâneos para que se arrependessem e cressem na libertação divina através da arca, pela qual apenas oito pessoas foram salvas (v. 20).</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">83 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="abc1230"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>f. Quem são os espíritos aprisionados?</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A frase “espíritos em prisão” sozinha não define a matéria, mas quando a examinamos à luz das frases que vem a seguir, podemos ter uma noção clara do que Pedro está falando. </strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>De acordo com o texto de 1 Pedro 3.18-20 e seu contexto, não há nenhuma possibilidade razoável de que a expressão “espíritos em prisão” não se refira aos desobedientes do tempo de Noé. O texto não fala de justos que foram para o Hades, nem de anjos aprisionados, como querem alguns, mas de pessoas que, noutro tempo, rejeitaram a pregação de Noé, e que eram consideradas “espíritos em prisão,” incapazes de fazerem quaisquer coisas por si mesmas para a sua própria salvação. Se cremos que Cristo pregou através do seu espírito ilimitado, e creio que o fez, as únicas pessoas mencionadas são essas: os contemporâneos de Noé. Ninguém mais. Obviamente que, nesse sentido, Cristo não foi ao inferno. Os espíritos em prisão são unicamente indivíduos que viveram nos tempos de Noé, que não foram salvos e que, por causa de seu cativeiro em cegueira espiritual, permaneceram incrédulos quanto à mensagem de Noé. Embora possamos crer que estavam em prisão (sob condenação) quando Pedro escreveu a carta, todavia, já eram prisioneiros de sua cegueira espiritual quando a mensagem de Noé lhes chegou aos ouvidos, porque eram escravos da desobediência. Foi a esses que Cristo pregou através de Noé.</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">Portanto, a passagem de 1 Pedro 3.18-20 não fala de uma viagem de final-de-semana de Jesus Cristo ao inferno, mas refere-se a uma pregação feita pelo espírito de Cristo, que é o espírito vivificado, através de Noé (1 Pe 1.11), aos seus contemporâneos (2 Pe 2.5), que eram homens desobedientes e, portanto, aprisionados à sua natureza pecaminosa. Além disso, eles agora estavam presos no inferno, sob condenação (pelo fato de terem sido desobedientes no tempo de Noé) quando Pedro escreveu essas palavras.</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">84 </span></sup><span lang="PT-BR"></span></span></strong></div><div class="ABC123"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee; font-variant: normal; text-transform: uppercase;"><strong>3. A Doutrina do Hades nos Símbolos de Fé Reformados</strong></span></div><div class="abc1230"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>a. O que a fé reformada rejeita</strong></span></div><div class="Bodytext"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR">A fé reformada rejeita qualquer noção de descida literal de Jesus ao Hades após a sua morte e antes da sua ressurreição. Embora estivesse sob “o estado de morte”</span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 8pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">85 </span></sup><span lang="PT-BR">até a sua ressurreição, ele não passou um fim-de-semana num lugar chamado Hades. </span></span></strong></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A fé reformada rejeita qualquer possibilidade da pregação de uma segunda oportunidade de salvação feita por Jesus, pelos apóstolos ou por outros santos quaisquer no Hades, depois de sua morte. A morte de todos os apóstolos e crentes é a abertura para a sua entrada no céu, é o descanso das suas fadigas desta vida, e não o trabalho penoso de evangelizar no inferno. De modo contrário, a morte de todos os ímpios é o selo do seu destino eterno. Não há mais qualquer oportunidade de redenção após a morte.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A fé reformada rejeita a idéia luterana de que Jesus Cristo teria descido ao Hades para proclamar a sua vitória (sendo esse o primeiro estágio de sua exaltação), porque de acordo com as Escrituras e os seus símbolos de fé, a exaltação de Jesus Cristo começa com a sua ressurreição, que é a sua vitória sobre a morte!</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A fé reformada rejeita qualquer noção de que os crentes do Antigo Testamento estivessem cativos no Hades, e de que Jesus Cristo lá desceu para libertá-los, usando-se Efésios 4.8-9 como texto-prova para justificar tal posição. A Escritura ensina que os crentes do Antigo Testamento não foram para o Hades após a sua morte, mas foram estar com Deus (Sl 73.23-24), como é também o ensino do Novo Testamento. As Escrituras afirmam que aqueles que morrem têm os seus corpos sepultados e seus espíritos voltam para Deus, que os deu (Ec 12.6-7). Elas também afirmam que Elias, Enoque e Moisés estão no céu com Deus, e não no Hades (Gn 5.24; 2 Rs 2.11; Lc 9.29-32).</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A fé reformada rejeita que Satanás possuía as “chaves” da morte, do inferno e da sepultura, e que Jesus desceu ao Hades para tomá-las dele. Não há qualquer sugestão nas Escrituras de que essas coisas pertençam a Satanás. Falando sobre Jesus Cristo (conforme a interpretação joanina no Apocalipse), Isaías diz que a chave do senhorio do universo pertence a Jesus Cristo (Is 22.21-22 e Ap 3.7). Há somente outros dois versos da Escritura que mencionam as chaves, e Satanás nunca é associado a elas. O primeiro texto diz que a “chave do reino dos céus” foi entregue por Jesus aos apóstolos (Mt 16.19) e o segundo afirma que as chaves da “morte e do inferno” pertencem a Jesus Cristo (Ap 1.18). Somente o Senhor possui as chaves da morte e do inferno. Ninguém mais!</strong></span></div><div class="abc1230"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>b. O que a fé reformada aceita</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>A fé reformada também aceita o Credo Apostólico como expressão da fé genuína dos pais da igreja. Contudo, o entendimento dos reformados com respeito ao Hades é diferente do de muitos cristãos evangélicos. Os símbolos de fé reformados explicam o sentido da expressão “desceu ao Hades,” inserida no Credo de Aquiléia no quarto século, como uma expressão substitutiva para descrever o que aconteceu a Jesus Cristo, como nosso representante, na cruz. </strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Observe-se a resposta à pergunta 44 do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Catecismo de Heidelberg</i>:</strong></span></div><div class="Citao" style="margin: 0cm 0cm 0pt 1cm;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>P. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Por que se acrescentou: “Ele desceu ao Hades”</i>?</strong></span></div><div class="Citao" style="margin-top: 0cm;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>R. Para que em minhas maiores tribulações eu possa estar seguro de que Cristo, meu Senhor, através de indizíveis terrores, dores e angústias que sofreu em sua alma na cruz e antes dela, redimiu-me da angústia e dos tormentos do inferno.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Veja-se a resposta do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Catecismo Maior de Westminster</i> à pergunta 50:</strong></span></div><div class="Citao" style="margin: 0cm 0cm 0pt 1cm;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>P. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Em que consistiu a humilhação de Cristo depois da sua morte</i>?</strong></span></div><div class="Citao" style="margin-top: 0cm;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>R. A humilhação de Cristo, depois da sua morte, consistiu em ser ele sepultado, em continuar no estado dos mortos e sob o poder da morte até ao terceiro dia, o que, aliás, tem sido expresso nestas palavras: Ele desceu ao inferno (Hades).</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>De maneira diferente do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Catecismo de Heidelberg</i>, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Catecismo de Westminster</i> interpreta o Hades como sendo sepultura ou, ainda melhor, o estado de morte. </strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Contudo, entre os escritores reformados prevalece a idéia dos símbolos combinados. A significação de Hades, no Credo Apostólico, é a de que Jesus Cristo experimentou a condenação divina que se evidencia na humilhação de morrer e ser sepultado, ficando sob o poder da morte, mas tais escritores incluem, sobretudo, os seus sofrimentos agonizantes antes e durante o tempo que passou na cruz. Experimentar o inferno é experimentar o doloroso abandono da presença confortadora de Deus. Foi exatamente isso que Cristo experimentou. A ira de Deus desceu sobre o Filho encarnado e se manifestou não somente nas dores infernais do seu corpo, mas também nas angústias infernais que se apoderaram de sua alma. Portanto, Jesus nunca desceu ao Hades literal e espacialmente, mas experimentou intensivamente todas as coisas que o Hades representa, descritas acima. Ele experimentou o inferno antes da morte e na própria morte, mas nunca depois dela, numa viagem de final-de-semana a um lugar chamado Hades.</strong></span></div><div class="Bodytext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>Por causa da experiência infernal que Cristo teve em face do juízo divino, aqueles por quem ele morreu são libertos para sempre da condenação do inferno. É esse o sentido que os reformados dão para a frase <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">inferna</i>. Nessa obra libertadora de Jesus Cristo nos regozijamos e por ela a Deus bendizemos!</strong></span></div><div class="Bodytext"><br />
<strong><span style="color: #eeeeee;"></span></strong></div><div class="notasrodap"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>____________________</strong></span></div><div class="notasrodap"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>* <span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O autor é ministro presbiteriano e professor. Obteve o seu doutorado (Th.D.) na área de Teologia Sistemática no Concordia Theological Seminary, em Saint Louis, Missouri, Estados Unidos. </strong></span></i></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">1 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Essa tradução opcional está no rodapé do texto de Almeida, Versão Revista e Atualizada, e tem o apoio de alguns estudiosos recentes, como é o caso de Wayne Grudem em seu artigo “He Did not Descend Into Hell: A Plea for Following Scripture Instead of the Apostle’s Creed,”<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Journal of the Evangelical Theological Society</i> 34/1 (Março 1991), 108.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">2 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Herman Witsius, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dissertations on The Apostle’s Creed</i>, vol. II, reimpressão (Presbyterian and Reformed Publishing Company, 1993), 140.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">3 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Citado por W. G. T. Shedd, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dogmatic Theology</i>, vol. II (Nova York: Charles Scribner’s Sons, 1889), 604.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">4 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Desde o século IX, o Credo Atanasiano tem sido atribuído a Atanásio (297-373), o bispo de Alexandria e o principal defensor da divindade de Cristo e da doutrina ortodoxa da trindade. Todavia, desde o século XVII, abandonou-se entre católicos e protestantes a idéia de Atanásio como o seu autor. A origem desse credo remonta à igreja latina da escola de Agostinho, provavelmente na Gália ou norte da África (ver Philip Schaff, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Creeds of Christendom</i> [Grand Rapids: Baker:1990], Vol. I, 35-36).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">5 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Witsius, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dissertations</i>, 141.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">6 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>J. N. D. Kelly, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Early Christian Creeds</i> (Essex, England: Longman House, 1986), 379.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">7 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ver <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ibid.</i>, 379.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">8 </span></sup><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ibid</span></i><span lang="PT-BR">., 380.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">9 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Neste artigo, não examino as interpretações recentes de grupos neo-pentecostais ou carismáticos. Se o leitor quiser alguma informação a respeito, pode consultar o capítulo “Redemption in Hell” do livro de Hank Hanegraaff <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Christianity in Crisis</i> (Eugene, Oregon: Harvest House Publishers, 1993), 163-167.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">10 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Richard A. Muller, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dictionary of Latin and Greek Theological Terms</i> (Grand Rapids: Baker, 1986), 178, 253.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">11 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Dewey D. Wallace, Jr. “Puritan and Anglican: The Interpretation of Christ’s Descent Into Hell in Elizabethan Theology,” <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Archiv Für Reformationsgeschichte</i> 69 (1978), 250-51.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">12 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Wallace, Jr., “Puritan and Anglican,” 256.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">13 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>John Ayre, ed., <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Catechism of Thomas Becon...With Other Pieces by Him in the Reign of King Edward the Sixth</i>, Parker Society nº 3 (Cambridge: Cambridge University Press, 1844), 33.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">14 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 258, nota 48.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">15 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i> Ver John Ayre, ed., <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Prayers and Other Pieces of Thomas Becon</i>, Parker Society nº 4 (Cambridge: Cambridge University Press, 1844), 139.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">16 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Wallace, Jr., “Puritan and Anglican,” 257.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">17 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Eram os partidários da Reforma que desejavam uma mudança mais drástica com respeito aos costumes e práticas da religião católica do que havia acontecido nos termos de Lutero, Zuínglio e Calvino.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">18 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um diplomata aristocrático alemão e teólogo leigo que teve conflitos teológicos com Lutero, Calvino e Zuínglio a respeito de disciplina eclesiástica, cristologia e Santa Ceia (ver J. D. Douglas, ed., <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The New International Dictionary of the Christian Church</i> [Grand Rapids: Zondervan, 1978], 888).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><br />
<strong><span style="color: #eeeeee;"></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">19 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Kaspar Schwenckfeld, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Corpus Schwenckfeldianorum</i>, vol. 10 (Leipzig, 1907-1961), 364 (citado por Jerome Friedman, “Christ’s Descent into Hell and Redemption Through Evil: A Radical Reformation Perspective,” <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Archiv für Reformationsgeschichte </i>76 [1985], 220).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">20 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i> (citado por Jerome Friedman. “Christ’s Descent Into Hell,” 220).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">21 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Friedman, “Christ’s Descent Into Hell,” 222.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">22 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 222.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">23 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i></span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">24 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>“O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> foi realizado por um Jesus humano, antes que por um ser divino, e foi dirigido... como um exemplo para toda a raça humana, para despertar a devoção a Cristo e como condição para se ressuscitar com Jesus” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 222).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">25 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Brilhante médico espanhol. Interessado em teologia, escreveu sobre a Trindade e sobre cristologia. Foi acusado de heresia por católicos e protestantes, sendo morto em Genebra em 27-10-1553, após ter sido condenado pelo Conselho da cidade.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">26 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Friedman, “Christ’s Descent Into Hell,” 222.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">27 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>“O corpo de Cristo é em si mesmo o corpo da divindade, e sua carne é divina, a carne de Deus, o sangue de Deus. A carne de Cristo foi gerada da substância celestial de Deus” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 222-23).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">28 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 226.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">29 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, ver pp. 227-229.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">30 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Essas informações sobre Serveto são encontradas em sua obra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Christianismi</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Restitutio</i> (Vienne, 1553), 621-622 (citada por Friedman, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 227-228).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">31 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Friedman, “Christ’s Descent Into Hell,” 228.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">32 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 228.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">33 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i></span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">34 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 229.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">35 </span></sup><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>The</span></i><span lang="PT-BR"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Book of Concord</i>, ed. Theodore G. Tappert (Filadélfia: Fortress Press, 1988), 492.2.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">36 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>“Algumas vezes ele fala de maneira muito livre e em termos mitológicos de Cristo indo ao inferno, dominando e despojando Satanás; mas ele próprio reconhecia o caráter metafórico de tal linguagem e em outro lugar discutiu a descida como sendo primariamente uma experiência espiritual mais interior da alma de Cristo (sem negar, contudo, que houve uma descida literal).” (Wallace, Jr., “Puritan and Anglican,” 252). Ver também Friedrich Loofs, “Descent to Hades,” <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Encyclopedia of Religion and Ethics</i>, ed. James Hastings (Nova York: Charles Scribner’s, 1924), IV, 656-657.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">37 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Wallace, Jr., “Puritan and Anglican,” 252.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">38 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 253.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">39 </span></sup><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>The</span></i><span lang="PT-BR"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Book of Concord</i>, 492.4.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">40 </span></sup><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ibid., </span></i><span lang="PT-BR">610.2.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">41 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Em seu sermão no Castelo de Torgau, em 1533. Ver a “Fórmula de Concórdia,” no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Livro de Concórdia</i>, 610.1.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">42 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Citado por Gotthilf Doehler, “The Descent into Hell,” <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Springfielder</i> 39 (Junho 1975), 16.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">43 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Martin Bucer, o reformador de Estrasburgo, e Leo Jud, um colega de Zuínglio, disseram que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descensus</i> significava que Cristo estava verdadeiramente morto, tendo descido à sepultura (Wallace, Jr., “Puritan and Anglican,” 253, 254 [nota 24]).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">44 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Isto foi sustentado por Jerônimo Zanchi, que trabalhou em Estrasburgo e Heidelberg (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 254, nota 25). Assim também afirma o Catecismo Maior de Westminster, pergunta 50.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><br />
<strong><span style="color: #eeeeee;"></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">45 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>João Calvino, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Institutas,</i> 2.16.8-12.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">46 </span></sup><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Later Writings of Bishop Hooper, Together with his Letters and Other Pieces</span></i><span lang="PT-BR">, ed. Charles Nevinson, Parker Society nº 21 (Cambridge: Cambridge University Press, 1852), 30 ([citado por Wallace, Jr., “Puritan and Anglican,” 258]).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><span lang="PT-BR"> </span><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">47 </span></sup><span lang="PT-BR">Citado por Theodore Engelder, “The Argument in Support of the Hades Gospel,” <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Concordia Theological Monthly</i> 16 (1945), 380.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">48 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Citado por Engelder, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 382.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">49 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Edward H. Plumptre, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Spirits in Prison and Other Studies on the Life After Death</i> (Londres: Isbister, 1898), 111, 114. Citado por Engelder, “Argument in Support of the Hades Gospel,” 382.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">50 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>J. Paterson-Smith, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Gospel of the Hereafter</i> (Nova York: Fleming H. Revell, 1910), 66.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">51 </span></sup><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>The Pulpit Commentary</span></i><span lang="PT-BR">, eds. H. D. M. Spence e Joseph S. Exell (Nova York: Funk & Wagnalls,1890), 135.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">52 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ver Plumptre, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Spirits in Prison</i>, 98 (citado por Engelder, “The Argument in Support of Hades Gospel,” 383, nota 5).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">53 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Luckock, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Intermediate State</i>, 144 (citado por Engelder, 383, nota 5).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">54 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Informação do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Expositor’s Greek Testament</i>, ed. W. Robertson Nicoll (Nova York: George H. Doran, 1897), 59.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">55 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Luckock, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Intermediate State</i>, 101 (citado por Engelder, 385).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">56 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Edward Irving (1792-1834), um escocês, foi pregador assistente de Thomas Chalmers em Glasgow. Tornou-se profético e apocalíptico em sua pregação. Cria que a natureza humana de Jesus era pecadora, mas Cristo não pecou por causa da habitação do Espírito Santo. Por causa de suas idéias heterodoxas, foi privado de pregar pelo Presbitério de Annan. Cria que os dons sobrenaturais apostólicos haviam sido restaurados no seu tempo. Foi uma espécie de precursor do movimento carismático (ver <i style="mso-bidi-font-style: normal;">New Dictionary of Theology</i>, ed. Sinclair Ferguson [Downers Grove, Illinois: Intervarsity Press, 1989], 342).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">57 </span></sup><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Popular Symbolica</span></i><span lang="PT-BR">, 326 (citado por Engelder, 385-86).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">58 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>W. Ziethe, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Das Lamm Gottes</i>, 729 (citado por Engelder, 385).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">59 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Luckock, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Intermediate State</i>, 101, 186 (citado por Engelder, 386-87).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">60 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Paterson-Smith, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Gospel of the Hereafter</i>, 153, 155.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">61 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Citado por Engelder, “Argument in Support of the Hades Gospel,” 388.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">62 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Citado por Robert F. Horton em sua obra<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Revelation and the Bible: An Attempt at Reconstruction,</i> 2ª ed. (Nova York : Macmillan, 1893), 87.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">63 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>F. W. Farrar é autor de um dos livros clássicos sobre a história da interpretação da Bíblia. Ver <i style="mso-bidi-font-style: normal;">History of Interpretation</i>, reimpressão<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>(Grand Rapids: Baker, 1961).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">64 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Citado por Engelder, “Argument in Support of the Hades Gospel,” 389-90.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">65 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 393-94.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">66 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Martin Scharlemann, “He Descended into Hell,” <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Concordia Theological Monthly</i> 27 (1956), 84.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">67 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na interpretação luterana, a palavra grega </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek;">zwopoihqei\j </span><span lang="PT-BR">(traduzida como “vivificado”) não é equivalente à ressurreição, mas “aponta para algo que foi feito a Jesus. Ela refere-se inconfundivelmente a um ato específico de Deus pelo qual o Senhor foi trazido à vida... Nem todos os eruditos concordam que essa ação deva ser entendida com referência à ressurreição no seu sentido estrito. Há aqueles que restringem a palavra nesse ponto à vivificação, que é distinta da ressurreição no sentido de que a ressurreição foi uma exibição pública do fato de ele ter voltado à vida. Em muitas passagens do Novo Testamento, esta distinção pode ser feita. Contudo, em Efésios 2.5-6 o apóstolo aponta para a diferença entre despertar e ressuscitar. Tal distinção nos conduziria a crer que nós poderíamos propriamente, com base no Novo Testamento, separar a vivificação da ressurreição para o propósito de cronologia e clarificação daquilo que aconteceu na manhã do dia de páscoa” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 87-88).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">68 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 88.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">69 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 88. Contudo, essa interpretação dada por Scharlemann tropeça no fato de que o retornar à vida da filha de Jairo é igual à ressurreição, o que não aconteceu com Jesus Cristo.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">70 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 89.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">71 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 90.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">72 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Citado por John T. Mueller no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Concordia Theological Monthly</i> 18 (1947), 615.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">73 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Martin Scharlemann, “He Descended into Hell – An Interpretation of 1 Peter 3.18-20,” <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Concordia Theological Monthly</i> 27 (1956), 91.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">74 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i></span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">75 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i></span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">76 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 92.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">77 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ibid.</i>, 93.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">78 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Como, por exemplo, em 2 Coríntios 7.1.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">79 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Uma interpretação alternativa seria entender a expressão “morto na carne” como uma referência à morte física e traduzir a expressão </span><span lang="PT-BR" style="font-family: Sgreek;">zwopoihqei£/j... pneu/mati</span><span lang="PT-BR"> por “vivificado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pelo Espírito,” </i>ao invés de<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>“vivificado no espírito.” A construção gramatical é possível, visto que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pneumati</i> pode ser tanto locativo como instrumental. Assim, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pneumati</i> aqui referido é o Espírito Santo, e a vivificação, uma referência à ressurreição de Cristo pelo Espírito Santo. E foi pelo Espírito Santo e através de Noé que o Cristo pré-encarnado pregou aos desobedientes nos dias daquele patriarca (1 Pe 1.11).</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">80 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Esse é o mais alto dos céus, que equivale ao lugar da plena companhia divina, como era no paraíso original. Paulo, numa experiência ímpar, viu esse lugar glorioso da presença de Deus, para onde vão os remidos em Cristo Jesus (ver Charles Hodge, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Commentary on 1 & 2 Corinthians</i> (Edimburgo: Banner of Truth, 1978), 658.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">81 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ver At 3.21.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">82 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ver Wayne Grudem, “He Did Not Descend Into Hell,” 110.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><br />
<strong><span style="color: #eeeeee;"></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">83 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ver o comentário de Wayne Grudem, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">1 Peter</i>, Tyndale New Testament Commentaries (Grand Rapids: Eerdmans, 1990), 160.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">84 </span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Para um tratamento mais amplo dessa matéria, ver o comentário de Wayne Grudem, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">I Peter</i>, 203-239.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><strong><span style="color: #eeeeee;"><sup><span lang="PT-BR" style="font-size: 7pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">85</span></sup><span lang="PT-BR"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É importante observar que Pedro fala em seu discurso de Atos 2 que Jesus Cristo esteve no Hades, mas Hades aqui tem um sentido muito diferente. Citando o Salmo 16.8-11, referindo-se ao seu estado após a morte, Pedro coloca na boca de Redentor as seguintes palavras: “... porque não deixarás a minha alma na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">morte</i>, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 2.27). A palavra “morte” no grego é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hades</i>. E <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hades</i> aqui significa estado de morte, não somente sepultura. Ela é a tradução do salmo onde o escritor usa a palavra hebraica equivalente, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sheol</i>. Durante esse estado de morte (Hades), isto é, durante o tempo em que o seu corpo ficou separado de sua alma, o corpo de Jesus estava na sepultura e sua alma estava com seu Pai no paraíso ou céu.</span></span></strong></div><div class="notasrodap"><br />
<strong><span style="color: #eeeeee;"></span></strong></div><div class="english"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>ENGLISH ABSTRACT</strong></span></div><div class="englishtext"><span lang="PT-BR" style="color: #eeeeee;"><strong>The author examines the concept of <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Descendit Ad Inferna</i> in the major Christian traditions from three important perspectives: historical, theological and biblical. Campos exposes carefully the views of Catholic, Anglican, Lutheran, Anabaptist, Arminian, and Calvinist writers. Starting from a Reformed perspective, Campos attempts to show the fallacy of the concept that Christ went to Hades after his death, a concept that crept into some protestant traditions due to the insertion in the Apostolic Creed of the phrase <i style="mso-bidi-font-style: normal;">descendit ad inferna</i>. Campos deals exegetically with 1 Peter 3.18-20, the main proof-text used in those traditions. His main contention is that the biblical data only tell us that Christ died and was buried. There is no biblical and theological evidence that Christ went to Hades before his resurrection.</strong></span></div><div class="notasrodap"><span style="color: black;"><br />
<strong></strong></span></div></div><span style="color: black;"><br />
<strong></strong></span><br />
<div class="Section1"><div class="titulo"></div></div>Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-80400489185198106352011-05-13T21:53:00.000-03:002011-05-13T21:53:38.139-03:00Refutações: O Diabo e as chaves da morte e do inferno.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjKo0UcriGrWu8BqEJ3Rl4yHQ3N8JywDb7bG2885cq_HuIZXxnXFaSGOokMYFIYx25vUVN71Tn3OQHOqfOeWYtS-tzjqFuZsu4e4AoIBoi9N7rfjdHU618dOg3rYU6YYTHtCy4z4Bw1yT/s1600/imagesCA7DCKG9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjKo0UcriGrWu8BqEJ3Rl4yHQ3N8JywDb7bG2885cq_HuIZXxnXFaSGOokMYFIYx25vUVN71Tn3OQHOqfOeWYtS-tzjqFuZsu4e4AoIBoi9N7rfjdHU618dOg3rYU6YYTHtCy4z4Bw1yT/s1600/imagesCA7DCKG9.jpg" /></a></div>Um pregador está no ápice de seu sermão. Ele com muita convicção olha para os irmãos que estão com os olhos fixos nele e diz com muito entusiasmo:<br />
"Jesus ao morrer desceu ao inferno e esmagou a cabeça do Diabo, depois tomou dele as chaves da morte e do inferno!". Existem várias heresias nessa frase, que será discutido depois, mas primeiramente vamos discutir sobre essas chaves, estavam mesmo nas mãos do Diabo?<br />
Quantas vezes não escutamos isso na nossa trajetória eclesiástica. Não foi pouca as vezes. Mas infelizmente isso foi ensinado errado. Vamos aos pontos:<br />
1° As chaves da morte e do inferno nunca estiveram nas mãos do Diabo. Em <strong><em>Apocalispe 1:18</em></strong> o Senhor Jesus diz: <em><strong>"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."</strong></em> Sempre esteve com Ele, nunca o Diabo se apoderou dessas chaves. Chaves aqui é no sentido de poder. Jesus tem o poder sobre a morte e o inferno. O texto é muito claro, ELE TÊM, nunca deixou de ter.<br />
2° A Palavra de Deus é bem clara sobre que detém o poder da morte e do inferno: "<strong><em> E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." </em></strong><span style="color: #3465a4;"><span style="color: black;"><strong><em>Mateus 10:28. </em></strong>Viram o texto é bem claro, as chaves ou o poder sempre estiveram nas mãos de Deus.</span></span><br />
Essa é a primeira refutação do que foi dito pelo Cris, mais também serve para muitos que pregam essa heresia. A próxima refutação será:<br />
JESUS DESCEU AO INFERNO?<br />
Soli Deo Gloria<br />
ÉricÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-14944616224374799862011-05-07T14:43:00.000-03:002011-05-07T14:43:32.396-03:00Voltando aos poucos!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgJXjF-UBv9IBoX9dAE7y8yyBeWySd3iCCWNiRig0Ss3Sg5-wUbxcQNJFSTpqH2QAqaaQBYh-nFlY5xxgM-1ZukNv8cTwvy40RPO71efW100UJQSA64G8LCr7nzOXNmxwC4A1j95qqvkDo/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgJXjF-UBv9IBoX9dAE7y8yyBeWySd3iCCWNiRig0Ss3Sg5-wUbxcQNJFSTpqH2QAqaaQBYh-nFlY5xxgM-1ZukNv8cTwvy40RPO71efW100UJQSA64G8LCr7nzOXNmxwC4A1j95qqvkDo/s1600/images.jpg" /></a></div>Depois de uma fase complicada que passei, estou voltando a postar no Blog. Não esqueci das refutações da pregação do Cris Duran, será minha próxima postagem. Vamos entender a luz da Bíblia e ao parecer da Teologia aspectos interessantes sobre Jesus. Então não percam!<br />
Soli Deo Gloria<br />
ÉricÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-23421772584291679502011-03-25T11:36:00.001-03:002011-03-25T11:38:53.755-03:00Todo mundo odeia o Cris...Duran de ouvir!!!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirY9UvjwT-AebRpWYKClyhufgXwHZAHcJBKpai-mWaVEWgeRiGkxlGm4wwN3j2QhjhskVW2W8b0JGRTRmdK0Nk3kCB5srcutJG4PxvjOntVOzhUCcCxaaySa4JN4HOm4DDSqo5Limi0Cje/s1600/imagesCAJYIW1E.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirY9UvjwT-AebRpWYKClyhufgXwHZAHcJBKpai-mWaVEWgeRiGkxlGm4wwN3j2QhjhskVW2W8b0JGRTRmdK0Nk3kCB5srcutJG4PxvjOntVOzhUCcCxaaySa4JN4HOm4DDSqo5Limi0Cje/s1600/imagesCAJYIW1E.jpg" /></a></div>Infelizmente pessoas sem preparo nenhum tem tomado nossos púlpitos. Pessoas que não tem conhecimento teológico e não estão preparadas para pregar. Homens e mulheres que tempos atrás fizeram sucesso no meio secular e por que se tornaram evangélicos atravessam o Brasil "ensinando a Palavra de Deus". Se ficassem só no testemunhal estava bom, o problema é quando querem ensinar a Palavra, aí ficamos sabendo o nível de conhecimento dessas pessoas.<br />
Não vou colocar todos os pontos aqui mas escreverei algumas frases:<br />
<br />
JESUS NÃO CONTINUOU SOFRENDO NO INFERNO, A OBRA DE CRISTO FOI CONSUMADA NA CRUZ. "TUDO ESTÁ CONSUMADO"<br />
<br />
JESUS NUNCA FOI AO INFERNO, ELE DISSE AO LADRÃO DA CRUZ "HOJE MESMO ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO"<br />
<br />
OS SALVOS DO ANTIGO TESTAMENTO NUNCA ESTIVERAM NO INFERNO EM SOFRIMENTO, ESTAVAM NO SEIO DE ABRAÃO, NO PARAÍSO<br />
<br />
OS DEMÓNIOS NUNCA FIZERAM FESTA PELA MORTE DE JESUS, PRIMEIRO QUE OS DEMÓNIOS NÃO ESTÃO NO INFERNO. SEGUNDO QUE ELES FORAM VENCIDOS NA CRUZ, PORQUE SATANÁS TENTARIA JESUS DE TODAS AS FORMAS? ELE FOI DERROTADO NA CRUZ DO CALVARIO. QUANTA HERESIA!!!<br />
<br />
Com mais calma estarei entrando em detalhes sobre esses pontos.<br />
Soli Deo Gloria<br />
Éric MartinsÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-36989796499326569092011-02-05T20:39:00.003-02:002011-02-05T22:26:05.740-02:00O Filho de Deus.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrFvDKE34PDTES7RmPfT-e3zJH40cnzZIdg-d8pgvJLoMh0eLeP8kBHo1jru7RunKd9WA79idk4vd1PyjP3W5sk_n51UZASE838fhXvrsP7CUfKC3M_Rq1O0IIiu8K6KuXIyQUu34H0UTR/s1600/imagesCA6MO0K4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrFvDKE34PDTES7RmPfT-e3zJH40cnzZIdg-d8pgvJLoMh0eLeP8kBHo1jru7RunKd9WA79idk4vd1PyjP3W5sk_n51UZASE838fhXvrsP7CUfKC3M_Rq1O0IIiu8K6KuXIyQUu34H0UTR/s1600/imagesCA6MO0K4.jpg" /></a></div>Essa semana estarei vivendo um dos momentos mais marcantes da minha vida. Meu segundo filho irá nascer. Foram nove meses de expectativa, na espera do nascimento do bebê. O nascimento do Cainã foi lindo, tenho certeza que do Kaique também será, na benção do Senhor. Assim, pensando neste momento fui para as Escrituras. Deus no seu infinito poder, na sua Majestade, na sua Glória envia seu Único Filho para nos redimir. Nos envia não só para nos ensinar, nos mostrar o Caminho, nos trazer a Verdadeira paz, mas também para morrer por nós. Nós que somos indignos, que somos pecadores, Deus mostra seu grande amor pela humanidade e envia seu Filho para sofrer e nos redimir. Quão será foi a dor de Deus. Nós que somos meros humanos e amamos os nosso filhos, não queremos ver eles sofrerem nenhum mal, e quando alguma coisa acontece dói na alma. Quando por exemplo o Cainã ficou doente a vontade era que a doença fosse em mim para não ver ele sofrer. E Deus? Imagina a dor de ver seu Único Filho na cruz. E Jesus ao ver o Pai o desamparar naquele momento: <em>"E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" </em>Isso tudo por nós, para termos comunhão com Deus e herdar a vida eterna. Glórias eternas a Deus. Que nos amou como um Pai, Eternamente nos amou.<br />
Soli Deo GloriaÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-9741057374339903612011-01-31T17:36:00.001-02:002011-01-31T17:37:45.895-02:00Os Pré Reformadores.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguuX7VhbaKxhXErjw69vReT1frgSWxFCc52AVeuQjsDXCdr_y9sLdlVCDDPEsllXAnxdHAlczCXZJvCNu90hqkS_-3kZrgW5MjNTK9MuOa0c3PbmyC5rXjos_XgFRxlgU3x02uQYmqvJ_y/s1600/reformadores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguuX7VhbaKxhXErjw69vReT1frgSWxFCc52AVeuQjsDXCdr_y9sLdlVCDDPEsllXAnxdHAlczCXZJvCNu90hqkS_-3kZrgW5MjNTK9MuOa0c3PbmyC5rXjos_XgFRxlgU3x02uQYmqvJ_y/s1600/reformadores.jpg" /></a></div>Neste domingo estarei ministrando aula na EBD sobre os Pré-Reformadores. Antes de Lutero levantar sua voz na Reforma, Deus já tinha levantado homens para defender o Evangelho contra os abusos de Roma. Estarei falando principalmente sobre três homens de Deus: Jonh Wycliff, Jonh Huss e Jerônimo Savonarola. Viveram antes de Luteto, mais o influênciaram, visto que Lutero teve ascesso as sua obras.<br />
Mais o que chama a atenção é para o fato de que mesmo no período mais triste da Igreja, Deus nunca deixou de levantar homens e mulheres para proclamar suas vozes contra os erros que estavam sendo cometidos. Deus nunca abandonou seu povo, e a chama do Evangelho nunca apagou. Diz a tradição que Jonh Huss na hora que estava sendo levado para a fogueira disse essa frase: "Hoje vocês matam um ganso, (porque Huss na língua Bhoêmia significa ganso) mais daqui a cem anos Deus levantará um cisne, da qual vocês não poderão calar". Se atribui essa profecia a Lutero que nasceu cem anos depois.<br />
Então não percam, neste domingo as 9:00 da manhã. <br />
Soli Deo GloriaÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-68284066594508615492011-01-29T00:15:00.000-02:002011-01-29T00:15:36.211-02:00O Juíz do Trono Branco.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAeqTO9dTXEeQQDPbuD53anCFVidP-pCaC-g1OuYRQfPTL0H899qgtszc8HXWmDT3HgXvc1V6xtc-Md7kpg_xIsgAG6UXSZbywlH1QpecWWBqKsuKbPdIIaXKDOYcXMVSpnqgjmcOuZISQ/s1600/imagesCAE26W1A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAeqTO9dTXEeQQDPbuD53anCFVidP-pCaC-g1OuYRQfPTL0H899qgtszc8HXWmDT3HgXvc1V6xtc-Md7kpg_xIsgAG6UXSZbywlH1QpecWWBqKsuKbPdIIaXKDOYcXMVSpnqgjmcOuZISQ/s1600/imagesCAE26W1A.jpg" /></a></div>Ontem eu tive uma experiência que até então não tinha tido na minha vida. Estive numa audiência por causa de uma ação trabalhista contra uma empresa onde trabalhei. Não quero falar em si da razão do processo, mais sim sobre os pensamentos que me vieram a mente depois que saí da sala da juíza que presidiu a audiência.<br />
Fiquei pensando no poder do juíz, uma assinatura pode mudar muita coisa. Tem prestígios que poucos têm e suas ordens tem que ser obedecidas imediatamente. Automaticamente pensei no Julgamento do Grande Trono Branco. Nesse futuro julgamento, todos os grandes e pequenos, ricos e pobres serão trazidos para a audiência com o Criador do Universo. Não vai ter como escapar, não haverá compra de favores, não haverá um julgamento injusto. Ali estará o Justo, que nunca falhou e nunca vai falhar. Todos terão que dar conta de seus atos. "<strong><em>E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles." Apocalipse 20:11. </em></strong>A terra e o céu fugirá da presença do Juíz do Trono Branco, Livros serão abertos e os atos que foram escondidos pelos homens serão descobertos. O Julgamento será perfeito e justo por que o Juíz que estará julgando as causas é Santo, Santo, Santo e Deus Todo Poderoso.<br />
Soli Deo GloriaÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-46506835490592881642011-01-26T00:02:00.000-02:002011-01-26T00:02:47.795-02:00Em homenagem ao meu amigo Emerson!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKx8zlXTKuglkhbazlH1D4xi3pUYYGSlxUNyhP1OwJHayNL3CuwMruMrjJMrLkbVyWUzqO2KxDz9OakgMv-VZQMGQATK2TzVxT66kuaN-DDJFTE0rUO2zLJMkVMls6fhpIc-GH7WG1yQNz/s1600/OgAAAM5MSzYvE-sXF7ll3h7fuMFZGDF6lN-03WIDS3r50cUO5pAEfeevBBxxwUdXHMk0AwyWad81m-B_DyskVC0p-twAm1T1UHtUj8pQbuy9dabIwFRxpcAN8Etl.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKx8zlXTKuglkhbazlH1D4xi3pUYYGSlxUNyhP1OwJHayNL3CuwMruMrjJMrLkbVyWUzqO2KxDz9OakgMv-VZQMGQATK2TzVxT66kuaN-DDJFTE0rUO2zLJMkVMls6fhpIc-GH7WG1yQNz/s320/OgAAAM5MSzYvE-sXF7ll3h7fuMFZGDF6lN-03WIDS3r50cUO5pAEfeevBBxxwUdXHMk0AwyWad81m-B_DyskVC0p-twAm1T1UHtUj8pQbuy9dabIwFRxpcAN8Etl.jpg" width="240" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgaahHNXYQSsyRgSC7Xm8WCNO_b6PRIYV1M6HeCbfE8dr7ftHoJ5L73b7YbGair9wPakPU4sWTo2wXnouPV7vXSY4Dhu21suCBT3u5SPY3zUtsGPthDQJdhkC2eZXVEiu7DQMmGHkcSPbu/s1600/bi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" s5="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgaahHNXYQSsyRgSC7Xm8WCNO_b6PRIYV1M6HeCbfE8dr7ftHoJ5L73b7YbGair9wPakPU4sWTo2wXnouPV7vXSY4Dhu21suCBT3u5SPY3zUtsGPthDQJdhkC2eZXVEiu7DQMmGHkcSPbu/s1600/bi.jpg" /></a></div>Aí está Emerson, você e sua Bíblia Shedd novinha rsrsrsrsÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-48446465266196246952011-01-11T00:42:00.001-02:002011-01-11T00:57:15.813-02:00História da Igreja.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsYLujQvfo31hLtMSe68cwKOZiFpQC6e1eTwKs34i6joLq5C9_vi1XozApWzAyUrIadjKXvvtvwkEMZX_wtbeyfnbQeR2SoBnMrCwEo_ViGd-Z-ZIZpLR2nuS3dXyZSScPT9XI7YS3cOWT/s1600/CVII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsYLujQvfo31hLtMSe68cwKOZiFpQC6e1eTwKs34i6joLq5C9_vi1XozApWzAyUrIadjKXvvtvwkEMZX_wtbeyfnbQeR2SoBnMrCwEo_ViGd-Z-ZIZpLR2nuS3dXyZSScPT9XI7YS3cOWT/s1600/CVII.jpg" /></a></div>Esse trimestre na classe da EBD(Heróis da fé) estaremos aprendendo sobre a História da Igreja. Vejo com muito bons olhos a lição dos próximos três meses. Primeiro porque amo estudar História Eclesiástica, dentro da Teologia é minha disciplina predileta. Segundo porque é de suma importância os jovens conhecerem a História da Igreja, personagens participantes dessa História, que com sangue e martírio cumpriram o objetivo de lançar a semente do Evangelho. Iremos ver momentos com os pré-reformadores, a reforma protestante, a perseguição da Igreja, os fundadores da Assembléia de Deus e muito mais. Espero que nossos queridos irmãos e irmãs da classe Heróis da Fé possam marcar presença nessas aulas. Tenho certeza que serão momentos maravilhosos de aprendizado. Haverá também dinamicas e aulas interativas com videos e slides.<br />
Então não percam! Começa neste domingo as 9:00 da manhã. Na Assembléia de Deus Vila Humaitá. Av. Queiroz Filho 333 Santo André.<br />
Domingo estaremos começando com a lição de número 3:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRCgZK8_42j30tCIRo2F7qwEfUt58ndtt6zQjK73YwuHKwsAUXE4x9vvedq2PFjHgd6rNOaYWnW5-0H__XIndjKG9TOWydKo3pSrlYPJEIIsmrpCv5JYLTLi2mqTfrBJii1IlNdgr6WETB/s1600/imagesCANIFDME.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRCgZK8_42j30tCIRo2F7qwEfUt58ndtt6zQjK73YwuHKwsAUXE4x9vvedq2PFjHgd6rNOaYWnW5-0H__XIndjKG9TOWydKo3pSrlYPJEIIsmrpCv5JYLTLi2mqTfrBJii1IlNdgr6WETB/s1600/imagesCANIFDME.jpg" /></a></div><br />
<br />
<strong><em><span style="font-size: large;"> A Igreja Perseguida</span></em></strong>Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-44496137538586917362011-01-07T01:39:00.004-02:002011-01-07T12:40:36.750-02:00A nossa morada final.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ltQHxxvgBbeAPPN77b5j7Xt6UkITAV1-snRZDzr_FQXTOlNru5tC4VzWGyQ7m0IQDg49WHdcFAAxat5rOIfy0I4YOgFDz7xxUchxBSMFyQffbi7b13YYrMadINjKtH3fQjfp05RSkUbD/s1600/BXK9046_ceu-1800.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ltQHxxvgBbeAPPN77b5j7Xt6UkITAV1-snRZDzr_FQXTOlNru5tC4VzWGyQ7m0IQDg49WHdcFAAxat5rOIfy0I4YOgFDz7xxUchxBSMFyQffbi7b13YYrMadINjKtH3fQjfp05RSkUbD/s320/BXK9046_ceu-1800.jpg" width="320" /></a></div>Muitos cristãos têm se perguntado como será nossa morada final. Temos alguns textos onde mostram que a cidade, Nova Jerusalém, será algo maravilhoso. No entanto, a Bíblia se cala no sentido de como será nossa vida nessa nova cidade. Alguns têm feito de sua peregrinação até o lar celestial como um objeto de desejo por este lugar possuir muros de cristal, a cidade ser de ouro puro e outros esplendores. Não deixa de ser uma grande motivação, deixar esse mundo corruptível e habitar num lugar onde não haverá mais choro, dor, tristeza, solidão, depressão. Mais penso que a nossa maior motivação de ir para o nosso verdadeiro lar seja conhecermos a Deus o Nosso Criador face a face. Viver na sua presença eternamente isso sim tem que nos alegrar. Nunca mais separado Dele, que nos resgatou e nos redimiu. Essa tem que ser nossa maior esperança. Poder olhar nos olhos Dele e dizer: "Porque me amou tanto assim? Obrigado Rei meu e Deus meu" e assim receber um abraço de Cristo e escutar Dele:<span style="color: black;"> </span><span style="color: blue;">"<em>Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; </em><em>Mateus 25:34. </em>E assim viveremos para sempre com Ele. Maranata!</span><br />
<span style="color: blue;"><br />
</span><br />
<em><span style="color: blue;">Eu descobri em mim mesmo desejos os quais nada nesta terra podem satisfazer, a única explicação lógica é que eu fui feito para um outro mundo. C. S. Lewis</span></em><br />
<br />
<em></em><em><span style="color: blue;">Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. </span></em><a href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13/12+"><em><span style="color: blue;">1 Coríntios 13:12. </span></em></a>Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-35528901829778285202011-01-04T22:31:00.001-02:002011-01-04T22:33:50.245-02:00Será que precisamos de uma nova Reforma?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHI6EJ4MZDhTFPF1dHFANvXkJNUh-2vn9uhEJvyDfuGcrggzc7aCLKTKi_kojcny7QbjBpEmjU09WH6mrfqvxQRkxEIq-LHZrR-fS20yHm0EFohz1jCs4O5LJWFLxDlmASARxatEunVfOo/s1600/lutero.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHI6EJ4MZDhTFPF1dHFANvXkJNUh-2vn9uhEJvyDfuGcrggzc7aCLKTKi_kojcny7QbjBpEmjU09WH6mrfqvxQRkxEIq-LHZrR-fS20yHm0EFohz1jCs4O5LJWFLxDlmASARxatEunVfOo/s1600/lutero.jpg" /></a></div>Fiquei pensado nesses dias sobre Lutero. Será que ele se tivesse a oportunidade de ver a situação da igreja evangélica atual protestaria contra ela? Será que ele pregaria na portas dos grandes templos evangélicos outras 95 teses? Levantaria sua voz contra a situação dos erros que estão sendo cometidos? São perguntas que ficam no ar. Será que os mesmos erros do passado não se repetem hoje na igreja evangélica? Fica a questão. Sei que uma nova Reforma é inviável mais a volta para a Escritura é o que mudaria a situação.<br />
Solus ChristusÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-82030962707844339922011-01-03T21:28:00.001-02:002011-01-03T21:42:44.192-02:00Não quero se um pregador grande!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwp19OkhyWLBoaQxQ5gKLxa-FDcAM-bllSgVewdDN45vpxvxHNdqLCKhXAO-VJmu5VDKec4OofRs-VIBhq9LSiEl2KII1JDMEpG_NI_vlx2d8fu4LHfUpnqpxBsrgThbN6DVvBnlq20eQC/s1600/pregador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwp19OkhyWLBoaQxQ5gKLxa-FDcAM-bllSgVewdDN45vpxvxHNdqLCKhXAO-VJmu5VDKec4OofRs-VIBhq9LSiEl2KII1JDMEpG_NI_vlx2d8fu4LHfUpnqpxBsrgThbN6DVvBnlq20eQC/s320/pregador.jpg" width="320" /></a></div>A frase em cima pode soar estranho, mais é verdade. Infelizmente muitos hoje dentro da Igreja Evangélica querem ocupar lugares para ter status. O termo "evangélico" passou a ser moda entre famosos e pessoas de diversas classes da sociedade. Então muitos querem ser pregadores, bispos, apostólos, semi-deus, etc. Pagar o preço realmente de levar a cruz e Segui-lo, é para poucos. Antigamente os crentes eram chamados de os " Bíblias", e eram perseguidos por causa do Evangelho. É lógico que estou falando do contexto brasileiro. Sabemos que existem perseguições ferrenhas acontecendo em vários países do mundo. Mas era mais díficil ser cristão no Brasil e quem era pregador era visto como um homem que iria expor a Palavra de Deus, algo que era referência para os membros. Hoje muitos se convertem e não são nem discipulados, partem já para a pregação em igrejas, comunidades, etc. É o que acontece com os famosos que se "convertem". Um dia supostamente aceitam a Cristo, no outro dia estão cobrando 10.000 mil reais para "pregar-testemunhar" nas igrejas. E aí vira tudo um mercado, como está esse meio gospel. Muitos querendo ser "pregadores grandes", e não Grandes Pregadores.<br />
Temos que se apegar a exemplos como do Pastor Russel Shedd, que apesar da sua idade e conhecimento não cobra para pregar e ensinar a Palavra de Deus. Poderia colocar vários outros exemplos, tantos outros que não se prostaram a Mamom, mais sei que ficaria escrevendo a noite inteira. Os tempos são díficeis, mas isso me alegra pois sei que a nossa Redenção está próxima. Jesus Vem!<br />
Soli Deo Gloria Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-48275357941969647142010-12-31T13:45:00.000-02:002010-12-31T13:45:25.525-02:00Feliz Ano Novo à todos!!!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCfBWFHVcBlgqJ8ZmyN1v08g232o3mAGcVCnxqhgJ_Fbah8l09W0XuRcFf2YMXOcqwjLE5nIrjcioS8hsuWuvHBrlR5_pxpCw8PQbyCRuiWVdkhTP-ZaQC0gmID8GWKTrHI8GG4D7BeQOn/s1600/ano+velho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCfBWFHVcBlgqJ8ZmyN1v08g232o3mAGcVCnxqhgJ_Fbah8l09W0XuRcFf2YMXOcqwjLE5nIrjcioS8hsuWuvHBrlR5_pxpCw8PQbyCRuiWVdkhTP-ZaQC0gmID8GWKTrHI8GG4D7BeQOn/s320/ano+velho.jpg" width="304" /></a></div>Que o Senhor nos abençôe neste Ano Novo.<br />
Soli Deo GloriaÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-26206309927666675152010-12-30T18:04:00.000-02:002010-12-30T18:04:52.073-02:00"Ano 1.000 passarás, Ano 2.000 não passarás"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFzM5rLFU1vcTk-DQa5bFiSv-c3Ci_8OC9Yq8NeILX-HooUNmYGf9hgN-u4QI6_KHGJSFegTZ4vFNuuclGeiMpG-hnifBen_fY6gX6RTUaP4jTO6RiqMJgNxbw8XG84b8uL2tMq14ThD5n/s1600/endoftheworld_hatch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFzM5rLFU1vcTk-DQa5bFiSv-c3Ci_8OC9Yq8NeILX-HooUNmYGf9hgN-u4QI6_KHGJSFegTZ4vFNuuclGeiMpG-hnifBen_fY6gX6RTUaP4jTO6RiqMJgNxbw8XG84b8uL2tMq14ThD5n/s320/endoftheworld_hatch.jpg" width="320" /></a></div>Quando eu era criança ouvia muita coisa a respeito do ano 2.000 d.C. Que o mundo acabaria na virada de 1.999 d.C para o ano 2.000 d.C. Que os computadores entrariam em pane por causa dos zeros do novo século. Que Jesus voltaria naquela data e que o século XXI não iria chegar. Houve muito pânico, muitas seitas surgiram, muitos suícidios coletivos. Da mesma forma houve esse pânico na virada do ano de 999 d.C para o ano 1.000 d.C. As pessoas entraram em desespero, em consequência do possível fim iminente, venderam sua propriedades e lotaram as Igrejas na procura de abrigo e proteção. O Ano 1.000 veio e o sol nasceu mais uma vez, como nasceu no Ano 2.000 d.C.<br />
Nos anos 90 escutei de muitas pessoas, inclusive crentes, a frase: "Ano 1.000 passarás, Ano 2.000 não passarás". O mesmo medo do passado rondava a humanidade do século XX. Diziam que essa frase estava escrito na Bíblia, mais até hoje não sei que Livro, Capítulo e Versículo eles encontraram essas palavras rs.<br />
Como estamos próximo de entrarmos em 2011 os rumores continuam, agora que o mundo irá acabar em 2012. O ser humano sempre procura alguma forma de adivinhar datas estabelecidas pelo Pai Eterno. A respeito daquele dia, disse Jesus: <em><strong>Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. </strong></em><a href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/mc/13/32+"><span style="color: #3465a4;"><span style="color: black;"><em><strong>Marcos 13:32</strong></em></span> </span></a>. Nós temos que nos preparar sim, a todo momento, porque sabemos que Ele vai voltar. Não estipulando datas como muitos fizeram e cairam no erro, mais esperando o Senhor todos os dias, vivendo em santidade e oração e aguardando a nossa bentida Redenção. Maranata!<br />
Soli Deo GloriaÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-3106301336558251842010-12-29T14:43:00.000-02:002010-12-29T14:43:35.519-02:00Cada vez mais difícil!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqJ-mAfSjDPpAmV0DHn5Aaak5Qb875NOZHhrPc0vTT4RWUDU70-PXeVNFiMQt8NGy6F1S62tD3fFm1ErcEeoQH7lbgGBN_lQyZ2LeSvvJhWWr3J2VIduRpKDCKLaPn6am3Obf6SqHmp961/s1600/imagesCAMHNGWU.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqJ-mAfSjDPpAmV0DHn5Aaak5Qb875NOZHhrPc0vTT4RWUDU70-PXeVNFiMQt8NGy6F1S62tD3fFm1ErcEeoQH7lbgGBN_lQyZ2LeSvvJhWWr3J2VIduRpKDCKLaPn6am3Obf6SqHmp961/s1600/imagesCAMHNGWU.jpg" /></a></div>A pluralidade das igrejas evangélicas têm deixado muitos preocupados. Hoje as igrejas tem que se adequar aos membros, a rotatividade de pessoas nas igrejas é alvo de pesquisa e muita discussão. Antigamente um novo convertido aceitava a Jesus e era discipulado, aprendendo como funcionava a doutrina da Igreja. Hoje as pessoas não concordam em viver uma vida onde tenham que cumprir regras, então escolhem onde pode ser mais fácil para adequar a suas vontades.<br />
Isso é possivel devido a tantas igrejas que nós temos no Brasil, principalmente no Sudeste. A diversidade é grande, tem para todos os gostos. Aqui perto de casa existe três numa avenida, uma do lado da outra, LITERALMENTE. Não gostou pula para a do lado, "quem sabe essa possa me oferecer mais coisa hein". É triste a situação, mas creio que tempos mais complicados virão. Não sou contra a implatação de igrejas, mas à implatação em lugares onde necesssitam mais a pregação do evangelho. Não em lugares onde já foi bem difundido e fortificado.<br />
<em><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; </span></em><a href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/2tm/4/3+"><span style="color: #3465a4; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><span style="color: black;">2 Timóteo 4:3</span> </em></span></a><br />
Soli Deo GloriaÉric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-9255408057867616652010-12-28T17:30:00.001-02:002010-12-28T22:33:25.490-02:00Brasil: Nunca Mais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9mS7HKVINjMMuNSSH7cwLBivo52KOqDvXfSsM4CAXdpzEB_rk7AC6aPTX6DJnhtPcU9JMAs637nUaeQYK1PF9k4fpsT0igIJK_H4rhX_SDYST3rFLEv_iMzSsF8G3YZNKDqoou-xZCi_W/s1600/imagesCAXDLCJM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9mS7HKVINjMMuNSSH7cwLBivo52KOqDvXfSsM4CAXdpzEB_rk7AC6aPTX6DJnhtPcU9JMAs637nUaeQYK1PF9k4fpsT0igIJK_H4rhX_SDYST3rFLEv_iMzSsF8G3YZNKDqoou-xZCi_W/s1600/imagesCAXDLCJM.jpg" /></a></div>Nos últimos dias tenho lido muito sobre a Ditadura no Brasil. Devido ao tema escolhido para minha monografia, onde irei tratar sobre o "papel da Igreja na época da Ditadura". O primeiro livro que li para trabalhar esse tema foi "Brasil: Nunca Mais" do Cardeal D. Paulo Evaristo Arns. Esse livro conta como surgiu a ditadura, um dos períodos mais tristes da história do nosso país. Também mostra como era feito as torturas, os desaparecidos políticos e tudo que houve nessa época. Ainda estou trabalhando o tema, assim que estiver mais conteúdos estarei postando no blog. Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-21129418810844639342010-12-28T12:19:00.001-02:002010-12-28T15:12:49.189-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3zTkl-Ao27_0Nv-M6Cyde546YOp9xzkcYkSiNDSAmtI84rIOIiCIAU6TdGFvK9sH9laQMC0PUv5ojAgc_5CHFUx2we6PjKqkcJHj2ktYXEiF6u-QFRKsUsj5YxtNzaP26waRX3IF5WFgJ/s1600/HELP_by_Anuk.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3zTkl-Ao27_0Nv-M6Cyde546YOp9xzkcYkSiNDSAmtI84rIOIiCIAU6TdGFvK9sH9laQMC0PUv5ojAgc_5CHFUx2we6PjKqkcJHj2ktYXEiF6u-QFRKsUsj5YxtNzaP26waRX3IF5WFgJ/s320/HELP_by_Anuk.jpg" width="245" /></a></div>Me ajude!! Não posso crer nesses filmes que a Globo transmite na Sessão da Tarde. Ninguém merece filmes como de hoje "H2O". Parece contar a história de três meninas que se tornam sereias. Ficar em casa e assitir a isso não dá. Ainda bem que existe o You Tube onde posso matar a saudade da época das minhas férias, onde a sessão da tarde exibia filmes como Te pego lá fora, Goonies, Curtindo a vida adoidado, Conta Comigo. Isso é filme, que transmite emoções de épocas que não voltam mais.Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3491499270181110587.post-17680570494742638082010-12-27T23:44:00.000-02:002010-12-27T23:44:16.821-02:00Minha primeira postagem.Essa é minha primeira postagem, posso dizer que é tudo novo para mim. Queria dizer que resolvi criar um blog por influência de amigos. Então a partir de hoje postarei assuntos sobre Teologia, Filosofia e História. Minha paixões de leitura e escrita. O título do blog dos Mártires veio através do livro "O livro dos Mártires", um clássico de John Foxe. A palavra <em>Mártires</em> vem da palavra grega <em>Martiria </em>que siginifica <em>Testemunho. </em>Então<em> </em>o blog dos Mártires nasce para um reflexão<em> </em>apologética de assuntos Teológicos, filosóficos e Históricos.<br />
Como estou de férias até dia 02/02/2011 do meu trabalho, estarei postando diaramente assuntos no blog. Sejam bem-vindo e deixem seus comentários<br />
<strong>Sola Scriptura</strong>, <strong>Solus Christus</strong>, <strong>Sola Gratia</strong>, <strong>Sola Fide</strong> e <strong>Soli Deo Gloria</strong>.Éric Martinshttp://www.blogger.com/profile/09604865642711755403noreply@blogger.com4